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    PF investiga grupo que teria levado 370 brasileiros aos Estados Unidos de forma ilegal

    Investigadores dizem que o esquema é conhecido como “cai-cai”, quando as pessoas se entregam na fronteira para dificultar a deportação

    Elijonas Maiada CNN , em Brasília

    A Polícia Federal cumpriu nesta segunda-feira (29) dois mandados de busca e apreensão contra pessoas suspeitas de promover a migração ilegal de brasileiros para os Estados Unidos. A ação foi feita em Governador Valadares (MG), a cerca de 320 quilômetros de Belo Horizonte.

    Na operação, a Justiça também determinou o bloqueio de valores de aproximadamente R$ 2 milhões. A investigação aponta que a cada brasileiro enviado um valor de R$ 20 mil era cobrado.

    Uma arma, dois carregadores e munições foram apreendidos, além de dólares americanos. A quantia total ainda não foi calculada.

    Segundo as apurações, os suspeitos foram apontados como os responsáveis pela migração ilegal, no esquema conhecido como “cai-cai”. Essa é uma prática ilegal na qual famílias inteiras, às vezes constituídas de maneira fictícia, se entregam com o propósito de evitar ou dificultar o processo de deportação.

    A PF aponta que mais de 370 brasileiros, incluindo menores de idade, emigraram ilegalmente com o auxílio das ações dos investigados atravessando a fronteira mexicana.

    “As vítimas foram expostas aos riscos do deserto e das ações dos criminosos que os conduziram até o solo estadunidense”, diz a PF.

    Em maio, a PF realizou uma outra operação contra o mesmo crime. O grupo alvo lucrou R$ 9 milhões. Cinco mandados foram cumpridos, também em Governador Valadares.

    O crime de promoção de migração ilegal, com envio irregular de criança e de adolescente ao exterior e associação criminosa, têm penas máximas somadas que ultrapassam 16 anos de reclusão.

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