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    Uribe tem duas paixões: política e café. Cobriu 4 presidentes e 4 eleições presidenciais. E acorda todo dia às 5h da manhã para trazer em primeira mão os bastidores do poder

    PSDB avalia expulsão de tucano crítico à candidatura de Datena

    Conselho de Ética vai analisar representações por infidelidade partidária e por insinuação considerada homofóbica

    O Conselho de Ética do PSDB vai reunir nesta segunda-feira (29) para discutir a possibilidade de expulsar o ex-presidente municipal do partido em São Paulo Fernando Alfredo.

    Alfredo é contra a candidatura municipal de José Luiz Datena e se envolveu em um protesto no último sábado (27), durante a convenção da legenda para confirmar a o apresentador na disputa pela prefeitura.

    O colegiado municipal irá discutir duas representações contra o ex-dirigente da legenda. Uma por infidelidade partidária e outra por uma insinuação considerada homofóbica.

    A CNN teve acesso às duas representações que devem ser analisadas em reunião marcada para as 17h.

    A primeira faz referência a um comentário de Alfredo, em um grupo de mensagens, no qual ele teria afirmado que uma máscara rosa seria uma homenagem ao governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite.

    A representação destaca que o estatuto do partido defende o respeito ao pluralismo e às diferentes orientações sexuais e identidades de gênero.

    O segundo documento atesta que Alfredo “se recusou a cumprir as medidas de transição” quando deixou o comando da agremiação em São Paulo.

    Ele teria se negado a entregar as chaves da sede municipal do partido. E não teria fornecido documentos como balanços patrimoniais, fluxos de caixa, comprovantes de arrecadação e senhas das redes sociais da sigla.

    “A atitude infantil do representado está acarretando enormes prejuízos ao PSDB, dentre os quais a impossibilidade de se comunicar de forma plena com a rede de filiados. Isso porque, até hoje, Fernando não repassou os logins e senhas das redes sociais”, destaca.

    Procurado pela CNN, Alfredo ressaltou que não foi intimado das representações e que não teve acesso ou conhecimento sobre qualquer processo disciplinar.

    “Uma decisão nesse âmbito além de injusta e ilegítima seria nula de pleno direito”, afirmou, acrescentando que espera que o rito de tramitação seja cumprido da maneira prevista no estatuto do partido.

    O tucano negou que tenha feito qualquer insinuação de cunho homofóbico e lembrou que sempre foi defensor do pluralismo de gênero durante a sua carreira política.

    E também negou que tenha tentado atrapalhar a transição no partido, já que atendeu a decisão judicial.

    O advogado do PSDB em São Paulo, Guilherme Ruiz Neto, afirmou que as alegações apresentadas são, na visão dele, “de extrema gravidade e, caso confirmadas, poderão resultar inclusive em expulsão”.

    “O PSDB tem um compromisso inabalável com os princípios da ética, da inclusão e do respeito à diversidade, valores que são fundamentais para a atuação política e que não podem ser comprometidos”, afirmou.

    O responsável pela defesa afirmou ainda que a “seriedade das acusações não será subestimada e que o partido está comprometido em apurar os fatos de forma rigorosa e imparcial, obedecendo-se o rito estatutário, sempre em busca da verdade e da justiça.”

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