Advogada acusada de injúria racial contra atendente de fast food recebe liberdade provisória em SP
Ela terá que cumprir uma série de medidas, como manter uma distância de pelo menos 300 metros das vítimas
A advogada Fabiani Marques Zouki, de 46 anos, acusada de chamar o atendente de uma loja do Burguer King de “preto” e “macaco” por volta das 23 horas de quinta-feira (25), recebeu liberdade provisória na audiência de custódia finalizada na tarde desta sexta-feira (26) no Fórum Criminal da Barra Funda, em São Paulo.
A decisão foi tomada pelo juíz Antonio Balthazar de Matos, do TJ-SP, e levou em consideração o fato da acusada ser ré primária, ter residência fixa e cita que os crimes cometidos – de embriaguez ao volante e racismo – tem “menor repercussão jurídica”.
Fabiani, no entanto, terá que cumprir uma série de medidas. Entre elas estão:
- Comparecer mensalmente a juízo;
- Manter endereço de residência atualizado;
- Proibição de aproximar-se das vítimas, mantendo uma distância de no mínimo 300 metros;
- Proibição de ausentar-se da cidade por mais de oito dias;
Relembre
O caso foi registrado por volta das 23h de quinta-feira (25) em uma unidade do Burguer King no bairro Moema, Zona Sul de São Paulo. Fabiani, que apresentava sinais de embriaguez, agrediu fisicamente funcionários e cometeu injúria racial ao chamar um funcionário de “preto” e “macaco”.
Ela se negou a fazer o teste de embriaguez e foi encaminhada para o 27º Distrito Policial, presa em flagrante.
O Burguer King afirmou, em nota à CNN, que não compactua de forma alguma com ofensas racistas, discriminação ou agressão física e que está colaborando com as autoridades para a investigação policial.
A empresa disse ainda que está prestando toda assistência psicológica e jurídica aos funcionários envolvidos.
A defesa de Fabiani, à CNN, disse que “trata-se de decisão que não encerra em hipótese nenhuma avaliação sobre o fato investigado”.
