Celso Amorim mantém viagem à Venezuela, mas evitará encontro com candidatos
Assessor de Lula deve permanecer em Caracas após a disputa de domingo
O assessor para assuntos internacionais da Presidência da República, Celso Amorim, desembarca na sexta-feira (26) em Caracas.
Apesar das falas do presidente Nicolás Maduro – que questionou o sistema eleitoral brasileiro durante um evento nesta terça-feira – o ex-chanceler brasileiro decidiu manter a viagem para acompanhar as eleições na Venezuela, marcadas para domingo (28).
Nicolás Maduro tentará seu terceiro mandato. O principal candidato da oposição é Edmundo González.
Os últimos detalhes da agenda de Celso Amorim ainda estão sendo acertados, mas a avaliação do governo brasileiro é de que não seria “prudente” um encontro de Amorim com os candidatos.
A ideia é concentrar as agendas em integrantes da área diplomática e com atores indiretos da situação e da oposição.
Também estão sendo articuladas conversas com membros da comunidade internacional, como representantes dos governos colombiano e norueguês.
Observador
Celso Amorim não vai à Venezuela como um observador internacional no sentido estrito, com missão de verificar urnas ou votações.
De acordo com fontes do governo ouvidas pela CNN, ele vai “observar“ a eleição e levar ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) as informações que vier a colher.
A depender de como ocorrer a disputa no domingo, Amorim prevê passar alguns dias a mais em Caracas para acompanhar os desdobramentos depois que o resultado da eleição for divulgado.
Entre as principais preocupações do governo brasileiro está a dúvida sobre se os candidatos derrotados vão respeitar o resultado. Também preocupa o Brasil a possível violência nos dias subsequentes ao pleito de domingo.
Na quarta-feira (25), após rebater as falas de Maduro, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) cancelou o envio de observadores técnicos.