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    Dólar vai a R$ 5,65 com fuga global do risco; Ibovespa fecha estável

    Mercados analisam novos desdobramentos da corrida eleitoral nos EUA e queda em bloco de ações de tecnologia em NY

    Da CNN* , São Paulo

    O dólar fechou em alta firme ante o real e o Ibovespa ficou praticamente estável nesta quarta-feira (24), em sessão marcada pela fuga do risco, com investidores analisando os desdobramentos da disputa à Presidência nos Estados Unidos.

    Ainda no cenário global, bolsas em Wall Street tiveram perdas intensas, dragadas por ações de tecnologia após repercussão negativa dos balanços da Alphabet – dona do Google – e da Tesla, publicados na véspera.

    O segmento tem sido justamente o principal vetor de crescimento dos mercados em Nova York neste ano.

    Na cena doméstica, investidores esperam pela prévia da inflação de julho que será publicada nesta quinta (25), a menos de uma semana para a próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC).

    Diante destas pressões, o dólar fechou com avanço de 1,24%, negociado a R$ 5,656 na venda, em dia também de alta do ouro com aversão ao risco dos mercados.

    Apesar das fortes perdas em Wall Street, o Ibovespa fechou próximo da estabilidade, com leve queda de 0,13%, aos 126.422 pontos, com equilíbrio positivo de Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4).

    Bolsas em Wall Street tiveram dia de perda nesta sessão, influenciada pela queda em bloco de ações de tecnologia.

    O movimento teve destaque da Tesla, que perdeu 12,3%, enquanto Alphabet recuou 5,03%.

    O desempenho fez o índice Nasdaq fechar a sessão com perda de 3,64% — o pior dia desde 2022 — enquanto S&P 500 e Dow Jones recuaram 2,31% e 1,25%, respectivamente.

    A queda amplia o declínio das ações de tecnologia observado durante a semana passada, depois que um relatório de inflação moderado e dados econômicos resilientes levaram os investidores a apostar que o Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) cortará as taxas de juros em setembro.

    Wall Street abandonou as grandes empresas de tecnologia que lideraram a alta das ações no ano passado, em favor de ações menores prejudicadas pelas taxas altíssimas.

    Uma confluência de outros fatores também prejudicou o setor de tecnologia recentemente. Os investidores enfrentaram uma interrupção tecnológica global contínua que deixou os viajantes retidos nos aeroportos, os consumidores em risco de serem enganados por criminosos cibernéticos e paralisou os sistemas de computador nos setores de saúde e do governo.

    *Com Reuters

     

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