A baixa pontuação que Josiel Alcolumbre vinha obtendo nas eleições municipais de Macapá e sua possível derrota poderia prejudicar o projeto do senador Davi Alcolumbre de retomar a presidência do Senado, apurou a CNN com políticos do estado.

Josiel Alcolumbre anunciou nesta terça-feira (23) que não irá concorrer à Prefeitura de Macapá.

Josiel, que também é presidente do Sebrae-AP, vinha pontuando ao redor de 5% nas pesquisas de intenção de voto, ante 74 % do atual prefeito e candidato à reeleição, Dr. Furlan (MDB).

Como Davi Alcolumbre é favorito na disputa para suceder a Rodrigo Pacheco na presidência do Senado, a leitura de seu grupo político nos últimos dias — referendada por ele— foi a de que uma derrota por tamanha diferença poderia prejudicar seu projeto em Brasília.

Embora favorita, a candidatura de Alcolumbre começa a enfrentar resistências pontuais de grupos de senadores. Um dos motivos é que seu partido, o União Brasil, também reivindica a presidência da Câmara dos Deputados com Elmar Nascimento (BA) e entregar as duas casas para o partido seria empoderá-lo demais.

Ainda mais para o Palácio do Planalto, já que a legenda, como mostrou a CNN nesta segunda-feira, é a mais infiel da base aliada, mesmo tendo três ministérios.

Diante desse cenário, a opção do grupo foi retirar a candidatura de Josiel e também mudar a estratégia para enfrentar Furlan e seu favoritismo. Antes, a ideia era pulverizar candidaturas.

Agora, a ideia é unificar a frente de oposição no município. Como mostrou o analista Gustavo Uribe, o vice-governador Teles Júnior (PDT), conhecido no estado como Telinho, é o favorito para assumir a candidatura.

Sua provável entrada manterá a frente ampla contra o prefeito, liderada por Alcolumbre, e que também é integrada pelo líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (PT), e o governador Clécio Luis (Rede). Com o prefeito estão MDB, PSD, PSB, PODEMOS, PRD e PL.

A CNN procurou Josiel e Davi Alcolumbre, mas eles não se manifestaram.