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    Lula defende parceria maior com a China e diz que receberá Xi Jinping com “grande festa”

    Presidente afirma que relação entre países pode ser “infinitamente maior” e gerar mais empregos

    Renata Souzada CNN , São Paulo

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu, na segunda-feira (22), que Brasil e China estreitem as relações, em um movimento que o petista chamou de “nova parceria estratégica”.

    Durante entrevista a jornalistas de agências internacionais, Lula ainda celebrou a visita que o presidente chinês, Xi Jinping, deve fazer ao Brasil neste ano.

    “Nós queremos fazer uma grande festa aqui no Brasil porque o presidente Xi Jinping vai vir em uma visita oficial e nós pretendemos discutir com os chineses uma nova parceria estratégica entre o Brasil e a China”, afirmou.

    Na avaliação do mandatário brasileiro, a cooperação deveria se expandir para além das exportações de commodities — segmento no qual o Brasil se destaca mundialmente.

    “Uma discussão envolvendo ciência, tecnologia, envolvendo a produção de chips, de software. Ou seja, o que nós queremos, na verdade, é ter uma parceria estratégica que faça com que a relação Brasil-China seja infinitamente maior, mais próspera e que possa gerar emprego na China e emprego no Brasil.”

    O presidente ainda destacou o modelo político adotado pelo país oriental e sua capacidade em gerir a segunda maior população mundial.

    “Embora você possa dizer que a China é um país socialista, que tem um partido único, a verdade é que a China fez com que o capitalismo fosse utilizado em benefício de 1 bilhão e 300 milhões de pessoas. O crescimento da China é inegável”, disse.

    Brasil é contra “nova Guerra Fria”, diz Lula

    Ao citar a relação do país com a China, Lula também afirmou que o governo brasileiro é “contra a nova Guerra Fria” e quer que “haja liberdade comercial, liberdade diplomática, entre os países”. “Não queremos ninguém tentando controlar outros países”, acrescentou.

    No fim, Lula citou o crescimento chinês nas últimas décadas e falou que o Brasil tem muito a aprender com o país.

    “Eu acho que, nos anos 80, muitos empresários americanos, europeus, acharam que era importante fazer investimento na China para tirar proveito da mão de obra de salário muito baixo. E foi assim que teve um período que a gente comprava um tênis, televisão, camisa, roupa, era made in China. Todo mundo foi para a China”, disse o presidente.

    “O que a China fez? A China aprendeu a fazer, formou milhões de engenheiros, milhões de especialistas, e passou a produzir melhor do que os países que estavam lá. E hoje produz tanto ou mais do que os outros países, numa demonstração de que o Brasil tem que aprender”, ressaltou.

    “O Brasil pode aprender com a China. Como é que a China conseguiu em tão pouco tempo dar o salto de qualidade que deu na questão comercial?”, finalizou.

     

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