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    Estimativas de gastos do governo estão subestimadas, diz economista à CNN

    Déficit projetado para este ano é de R$ 28,8 bilhões, atingindo o limite permitido para cumprir a meta fiscal estipulada pela Lei de Diretrizes Orçamentárias

    Da CNN

    O economista-chefe da ARX Investimentos, Gabriel Barros, falou ao programa WW desta segunda-feira (22) sobre as preocupações sobre a transparência e a precisão das contas públicas brasileiras durante uma análise do déficit fiscal projetado para o terceiro bimestre deste ano. Barros criticou a estratégia do governo, classificando-a como “ainda não realista”.

    Segundo o economista, há uma subestimação significativa das despesas, chegando a cerca de R$ 12 bilhões. Barros destacou que, mesmo considerando uma suposta economia de R$ 9 bilhões devido a um “pente-fino” nas contas, as despesas ainda estão consideravelmente subdimensionadas.

    Do lado das receitas, Barros apontou para estimativas “heroicas”, especialmente em relação ao Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais) e às transações tributárias.

    Estas duas rubricas representariam 70% de toda a arrecadação estimada para o restante do ano, um número que o economista considera extremamente otimista.

    Outro ponto levantado por Barros é a falta de informações concretas sobre quanto já foi efetivamente arrecadado dessas fontes. “A gente simplesmente não tem a resposta”, afirmou, ressaltando a opacidade nas informações fornecidas pelo governo.

    O governo federal apresentou nesta terça-feira o relatório de avaliação de despesas e receitas relativo ao terceiro bimestre, justificando o bloqueio de R$ 15 bilhões nas contas públicas.

    O déficit projetado para este ano é de R$ 28,8 bilhões, atingindo o limite permitido para cumprir a meta fiscal estipulada pela Lei de Diretrizes Orçamentárias.

    O corte de R$ 15 bilhões, anunciado na semana passada pelo ministro Fernando Haddad, foi confirmado nesta segunda-feira. A necessidade desse bloqueio surgiu devido a um aumento expressivo nas despesas com o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e benefícios previdenciários, além de uma frustração nas receitas previstas.

    Transparência

    O economista usou a metáfora de “navegar no mar sem bússola” para descrever a situação atual das contas públicas brasileiras. Ele expressou preocupação com a falta de clareza no relatório bimestral, que exigiu uma coletiva de imprensa de três horas para esclarecer pontos confusos.

    “Tem sim um problema relevante de transparência. Digo assim, faltando com transparência devida nas contas públicas”, concluiu Barros, enfatizando a necessidade de maior clareza e precisão nas informações financeiras do governo para uma compreensão adequada da situação fiscal do país.

    Os textos gerados por inteligência artificial na CNN Brasil são feitos com base nos cortes de vídeos dos jornais de sua programação. Todas as informações são apuradas e checadas por jornalistas. O texto final também passa pela revisão da equipe de jornalismo da CNNClique aqui para saber mais.

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