O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) estuda lançar neste segundo semestre uma campanha nacional para incentivar o voto de eleitores pretos e pardos nas eleições municipais de outubro.

Ainda não foi definida uma data para o lançamento da campanha, que deve incluir veiculação em rádio, televisão e redes sociais. O tribunal sob o comando de Cármen Lúcia elabora outras campanhas de conscientização para o pleito deste ano.

O TSE instituiu, em março de 2022, a Comissão de Promoção da Igualdade Racial, responsável por elaborar estudos e projetos para ampliar a participação da população negra nas eleições. O grupo é presidido por Edilene Lôbo, primeira ministra negra do tribunal.

Há, atualmente, 155,9 milhões de eleitores no Brasil, de acordo com o TSE. Deste total, 8,5 milhões (5,46%) se consideram pardos e 1,8 milhão (1,16%), pretos. A maioria, 140 milhões (89,88%), não informou sua cor ou raça.

Em 2022, 92,1 milhões de pessoas se reconheciam pardas, 88,3 milhões de brasileiros se reconheciam brancos, 20,7 milhões, pretos, e 1,7 milhão, indígenas, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo o TSE, mais da metade dos candidatos em 2022 se autodeclarou negra. Apesar do aumento em relação à eleição anterior, somente 32,12% de políticos pretos e pardos foram eleitos.

Nas eleições municipais passadas, 50% dos candidatos se declararam pretos ou pardos. De acordo com o TSE, a despeito dessa quantidade, 771 casas legislativas, o equivalente a 13,86% do total do país, não elegeram nenhuma pessoa negra.