RJ: 42 pessoas em condições análogas à escravidão são resgatadas de um centro de reabilitação
Resgate feito pela Segurança Presente de Nova Iguaçu ocorreu após dois homens conseguirem fugir do local e realizar a denúncia
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Segurança Presente resgata 42 pessoas de um suposto centro de reabilitação clandestino em Nova Iguaçu • Divulgação/Governo do RJ
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O local foi descoberto após denúncias de maus-tratos e trabalho em condições análogas à escravidão. • Divulgação/Governo do RJ
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Policiais foram recepcionados pelo suposto dono do projeto que foi informado sobre a denúncia e autorizou a entrada da equipe. • Divulgação/Governo do RJ
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No local foram encontrados dezenas de homens em condições sub-humanas. • Divulgação/Governo do RJ
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Suposto centro de reabilitação clandestino denominado "Projeto DECAV", localizado na Rua Mato Grosso, em Campo Alegre • Divulgação/Governo do RJ
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Diversos relatos das vítimas indicaram que os internos sofriam maus-tratos e exploração de trabalho. • Divulgação/Governo do RJ
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O responsável não apresentou nenhum documento que comprovasse que poderia funcionar como uma instituição de atendimento clínico. • Divulgação/Governo do RJ
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Alguns internos foram levados pela família, enquanto outros se dirigiram voluntariamente ao local, mas, após a entrada, não podiam mais sair. • Divulgação/Governo do RJ
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O resgate feito pela Segurança Presente ocorreu após dois homens conseguirem fugir do local e realizar a denúncia • Divulgação/Governo do RJ
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Equipes policiais resgataram 42 pessoas em condições análogas à escravidão de um centro de reabilitação clandestino em Nova Iguaçu, na baixada Fluminense, no Rio de Janeiro.
A ação ocorreu após a abordagem de dois homens pela equipe do Nova Iguaçu Presente, durante um patrulhamento realizado no último domingo (21). Eles informaram que fugiram de uma clínica de reabilitação chamada “Projeto DECAV”, um dia antes.
As vítimas relataram que estavam vivendo em condições análogas à escravidão. Após a denúncia, policiais da Operação Segurança Presente foram até o local.
Veja vídeo do local:
O dono da clínica, que segundo as vítimas era conhecido como “presidente”, não apresentou nenhum documento que comprovasse que o local poderia funcionar como uma instituição de atendimento clínico.
Os policiais encontraram dezenas de homens em condições sub-humanas. O local estava insalubre e não havia profissionais capacitados para realizar o atendimento dos dependentes.
Em outros relatos, as vítimas indicaram que sofriam exploração de trabalho, sendo obrigados a realizar atividades sem qualquer tipo de remuneração, recebendo apenas moradia e alimentação. Em casos de recusa de trabalho ou de tentativa de fuga, eles sofreriam punições corporais, como tapas na cara.
Além disso, segundo os internos, havia homens que agiam como “vigias ou capatazes”, que seriam encarregados de manter a ordem, evitar fugas e aplicar as penas corporais.
Alguns internos foram levados à clínica pela família, enquanto outros se dirigiram voluntariamente ao local, mas, após a entrada, não podiam mais sair.
O líder do projeto e outras três pessoas que atuariam como vigias do abrigo foram encaminhados à 52ª DP e detidos pelo crime de cárcere privado.
A Delegacia de Assistência Social da Prefeitura de Nova Iguaçu foi acionada e o caso foi encaminhado ao Ministério Público. Foram apreendidos três rádios comunicadores e alguns cadernos de anotações.
*Sob supervisão