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    Vídeo: Atirador foi visto dois minutos antes de Trump ser baleado

    Imagens gravadas durante comício mostram autor de atentado em telhado de prédio próximo ao local do evento

    Da CNN

    Imagens gravadas por participantes do comício do ex-presidente americano Donald Trump no último sábado (13), na Pensilvânia, mostram que o autor do atentado contra o candidato republicano foi identificado cerca de dois minutos antes de abrir fogo.

    Na gravação, é possível ouvir os apoiadores de Trump gritando que havia alguém no telhado e os policiais do condado de Butler cercando o prédio.

    Ainda assim, o atirador consegue se manter em posição e dispara contra Trump. O homem de 20 anos só é morto seis segundos depois do início do ataque, por um atirador de elite do Serviço Secreto que estava a cerca de 100 metros de distância.

    Veja o minuto a minuto:

    Serviço Secreto é alvo de críticas

    A tentativa de assassinato do ex-presidente dos EUA Donald Trump – a pior falha de segurança por parte do Serviço Secreto dos EUA em quatro décadas – colocou a agência contra as autoridades locais, já que ambos dizem que o outro foi responsável pela segurança do edifício onde o atirador estava empoleirado.

    A discrepância pública representa um afastamento significativo de uma relação normalmente estreita e bem-sucedida entre o Serviço Secreto e as polícias locais e pode levar a uma erosão da confiança que irá colocar ainda mais pressão nas operações de segurança.

    Em entrevista à ABC News na segunda-feira (15), a diretora do Serviço Secreto Kimberly Cheatle disse que a polícia local estava dentro do prédio no momento do tiroteio e que era seu papel proteger o edifício a cerca de 120 a 150 metros de distância, mas fora do perímetro controlado e com uma linha de visão direta para o evento.

    “Havia polícia local naquele prédio – havia polícia local na área que era responsável pelo perímetro externo do edifício”, disse Cheatle.

    Uma fonte familiarizada com a investigação disse à CNN que atiradores estavam dentro do prédio. A equipe de atiradores locais, proveniente da Unidade de Serviços de Emergência do Condado de Butler, estava localizada no segundo andar, vigiando a multidão no comício, disse a fonte.

    Um ex-agente do Serviço Secreto discordou do fato de Cheatle colocar tanta culpa nas autoridades locais, dizendo à CNN: “O Serviço é responsável por tudo, não apenas pelo perímetro interno. Eles deveriam garantir que tudo isso seja coberto”.

    “Policiais dentro de um prédio – isso não mitiga uma vulnerabilidade em terreno elevado”, disse o ex-agente.

    Um porta-voz do Serviço Secreto disse à CNN no domingo (14) que a agência não varreu o prédio onde Thomas Matthew Crooks se deitou de bruços e disparou vários tiros contra Trump. Em vez disso, disse o porta-voz, isso teria sido da responsabilidade das autoridades locais – uma decisão operacional de rotina – e que deveria ter havido alguém designado para o posto.

    Jim Pasco, diretor executivo da Ordem Fraternal da Polícia, que representa mais de 1.200 oficiais e agentes do Serviço Secreto, sublinhou que as autoridades estaduais e locais são parceiros inestimáveis ​​do Serviço Secreto e que a relação se baseia na confiança.

    “Haverá uma erosão desta confiança causada pelas declarações imprudentes do Serviço Secreto”, disse Pasco à CNN. “Isso é uma espécie de traição da liderança do Serviço Secreto por parte dos bravos homens e mulheres que vão lá e fazem trabalhos profissionais extraordinariamente excelentes todos os dias”.

    “Agentes e oficiais do Serviço Secreto, os homens e mulheres que estavam lá foram heróis no sábado”, disse Pasco. “Eles foram decepcionados por um plano de manejo.”

    O ex-agente do Serviço Secreto disse à CNN que os investigadores terão de determinar se havia bens ou pessoal suficiente autorizado pela liderança do Serviço Secreto, e será necessário determinar se a polícia local não conseguiu manter a integridade da sua área de responsabilidade.

    “Nada disso muda o fato de que, dadas as realidades do terreno e da linha de visão desse evento, o perímetro não é nem de longe expansivo o suficiente e está, de fato, perigosamente próximo do ponto de vista das operações de proteção”, disse a fonte.

    Pasco, entretanto, também se opôs ao atraso de Cheatle em responder às perguntas e emitir uma declaração pública.

    Ela disse à ABC News: “A responsabilidade fica comigo”.

    Pasco respondeu à CNN: “Aparentemente, demorou dois dias para a bola parar”.

    Quem é Thomas Matthew Crooks, atirador do atentado contra Trump

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