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    Quem é o embaixador chamado por Lula para discutir relação com a Argentina

    Diplomata nascido no ABC Paulista tem quatro décadas de carreira; entre as preocupações sobre a região, Bitelli citou queda no comércio bilateral

    Aline Fernandescolaboração para a CNN São Paulo

    O Itamaraty convocou o embaixador do Brasil em Buenos Aires, Julio Bitelli, para discutir as relações entre os dois países em conversa com o presidente Lula e o chanceler Mauro Vieira em Brasília.

    Nesta segunda-feira (15), Bitelli se reuniu com Mauro Vieira. Ele também falou com Lula na saída de um almoço oferecido ao presidente da Itália, Sergio Mattarella.

    No mesmo dia, o embaixador conversou com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski.

    Além disso, Bitelli tem reunião marcada com o vice-presidente Geraldo Alckmin nesta terça-feira (16).

    De acordo com o Itamaraty, o deslocamento do embaixador “tem o propósito de repassar, de maneira aprofundada e pessoal, os principais temas do relacionamento entre Brasil e Argentina com interlocutores no governo brasileiro”.

    A expectativa é que Bitelli retorne à Argentina na semana que vem.

    Quem é Julio Bitelli?

    O diplomata Julio Glinternick Bitelli nasceu em Santo André (SP) e tem 62 anos.

    Ele é formado em Direito pela Universidade de São Paulo (USP) e tem mestrado em Administração Pública pela Harvard Kennedy School.

    Após concluir o Curso de Preparação à Carreira de Diplomata, no Instituto Rio Branco, atuou em diversos postos pelo mundo, desde 1986.

    Como embaixador do Brasil, Bitelli trabalhou em Túnis (Tunísia), entre 2013 e 2015.

    Em seguida, tornou-se chefe de gabinete do ministro das Relações Exteriores, entre 2015 e 2016.

    Também foi embaixador do Brasil em Bogotá (Colômbia), entre 2016 e 2019 e, ainda, em Rabat (Marrocos), entre 2019 e 2023.

    Desde maio do ano passado, é embaixador do Brasil em Buenos Aires (Argentina).

    Ao ser sabatinado pela Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado para ocupar o cargo, o diplomata disse que um desafios era recuperar a “fluidez” do comércio bilateral entre os dois países.

    “Esse é um dos problemas que exigirá atenção da embaixada. Há uma queda no comércio bilateral de 40% entre 2014 e 2020. Isso se reflete sobretudo numa perda de espaço para os produtos chineses. Mas é possível trabalhar para recuperar os níveis históricos, que haviam atingido US$ 40 bilhões em algum momento na década passada” – afirmou Bitelli.

    Presidente argentino no Brasil

    Milei participou da Conferência de Ação Política Conservadora, em Balneário Camboriú (SC), onde se encontrou com o ex-presidente Jair Bolsonaro, no último dia 7.

    Mas deixou de ir à reunião do Mercosul, em Assunção, no dia seguinte (8), o que incomodou o Palácio do Planalto.

    Tensão entre países vizinhos

    Lula e o presidente da Argentina, Javier Milei, não mantêm relações e sequer conversaram por telefone ou pessoalmente, apesar de o argentino já ter enviado cartas ao petista.

    Milei criticou Lula durante a campanha presidencial e o chamou de “ladrão”. O presidente brasileiro chegou a dizer que o argentino devia desculpas por “falar muita besteira”.

     

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