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    É preciso de paciência para colocar situação fiscal em ordem, diz Haddad

    Ministro também disse que os dados econômicos divulgados recentemente têm surpreendido positivamente

    Bruno Teixeirada CNN São Paulo

    O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu nesta sexta-feira (12) a necessidade de paciência para colocar a situação fiscal do Brasil em ordem, ao mesmo tempo em que afirmou ser uma “obsessão” organizar as coisas no governo.

    “O plano de trabalho que está sendo executado é aquele que anunciei. Sem sobressaltos, sem mudança de rumo. […] O brasil, do ponto de vista fiscal, viveu duas pandemias. A pandemia propriamente dita e as eleições de 2022, que teve calote, passaram a mão no dinheiro dos governadores, abriram os cofres do Tesouro para distribuir benefícios em época eleitoral. É uma situação fiscal que nós precisamos de paciência para colocar em ordem”, disse o ministro.

    “Nossa obsessão tem que ser organizar as coisas para o Brasil crescer, e isso está acontecendo”, destacou.

    Em sabatina em congresso da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), Haddad também disse que os dados econômicos divulgados recentemente têm surpreendido positivamente e que o Brasil vai crescer com inflação em queda.

    “Peguem os dados dessa semana. Saíram os dados do varejo, surpreendeu. Saíram os dados de serviços, surpreendeu. Saíram os dados da inflação, surpreendeu. Ou seja, o Brasil continua crescendo com inflação em queda. Nós podemos ter um mandato me que o crescimento surpreende, a inflação surpreende, positivamente”, disse.

    Ao comentar sobre corte de gastos, Haddad voltou a afirmar que o governo contabilizou R$ 25,9 bilhões que foram autorizados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após um pente-fino em benefícios sociais.

    Para o ministro, o governo enfrenta um desafio comunicacional para fazer com que a melhora se reflita na opinião da população:

    “Eu penso que temos um desafio comucacional hoje. Quando você pergunta se a pessoa está melhor hoje, ela diz que está. Quando pergunta da economia, ela diz que não. O que eu vejo em rede (social) é muito sério. Não bate com a realidade (econômica)”, destacou. E completou:

    “Tem um desafio de comunicação que não é fácil de superar. Estamos numa posição nova. Tínhamos dois partidos que se alternavam no poder com algumas regras de convívio. Hoje não é assim. Nós temos uma oposição que atua para minar, nas redes sociais”.

    Questionado pela analista de política da CNN, Basília Rodrigues, se iria concorrer à presidência em 2026. Não negou e nem descartou a possibilidade:

    “Quando a pessoa foi designada para uma função, a melhor coisa é desempenhar bem essa função sem pensar onde pode chegar”, afirmou.

    Haddad destacou ainda que o país pode estar diante de uma grande oportunidade de desenvolvimento, principalmente relacionado à economia verde.

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