Festa de candidato à sucessão de Lira reúne de ministros a líderes da oposição
Evento foi organizado para celebrar os aniversariantes do mês de julho, mas o objetivo real era demonstrar força
Candidato à sucessão de Arthur Lira (PP-AL) na presidência da Câmara, o deputado Antônio Brito (PSD-BA) reuniu autoridades de “A a Z” – como o próprio parlamentar descreveu – numa festa em Brasília nesta terça-feira (9).
O evento foi organizado para celebrar os aniversariantes do mês de julho. Mas o objetivo real era demonstrar força.
Além de Lira, o líder do PSD reuniu líderes da oposição e parlamentares da base. Ao som do cantor de samba Dudu Nobre, o líder do governo, senador Randolfe Rodrigues (sem partido) e o líder da oposição, Felipe Barros, dividiram o mesmo espaço em clima de descontração.
Brito também conseguiu atrair ministros. Marcaram presença: Ricardo Lewandowski (Justiça), Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e Jader Filho (Cidades), Alexandre Silveira (Minas e Energia), Carlos Fávaro (Agricultura) e André de Paula (Agricultura).
Outros postulantes à vaga de Lira também estiveram no restaurante fechado para o evento. Marcos Pereira (Republicanos-SP) passou rápido e discretamente. Isnaldo Bulhões (MDB-AL) acompanhou a cúpula do partido.
Já o líder do União Brasil, Elmar Nascimento, não compareceu. Ele prepara outra festa. Quer reunir 300 convidados para comemorar seu aniversário nesta quarta-feira (10).
Apoio do PL
O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, foi um dos convidados mais assediados durante a festa. O dirigente partidário, no entanto, evitou declarar quem contará com o apoio do partido de Jair Bolsonaro.
A CNN apurou que o ex-presidente estava disposto a engajar a bancada contra a candidatura de Marcos Pereira. Mas Valdemar nega veto a qualquer candidato. Segundo ele, “todo mundo tem chance”.
A reclamação na cúpula do PL é de que Marcos Pereira não estaria cumprindo acordos com a oposição em votações na Casa.
Num encontro recente com o ex-presidente, Pereira ouviu que Bolsonaro apoiaria o “candidato de Lira”. Logo, se o deputado conseguisse essa chancela, não haveria impedimento para o PL apoiá-lo.
Uma ala do PL, entretanto, entende que o nome de Antônio Brito apresenta menor resistência.