Biden tenta atrair eleitores por meio do discurso do medo, diz especialista à CNN
Para o analista de Relações Internacionais Felippe Ramos, outros nomes democratas teriam mais chances contra Donald Trump nas próximas eleições presidenciais nos EUA
Em uma entrevista ao CNN PrimeTime desta quarta-feira (3), o especialista em Relações Internacionais Felippe Ramos analisou as perspectivas de candidatos democratas contra Donald Trump nas próximas eleições presidenciais nos Estados Unidos.
De acordo com Ramos, Biden é considerado o pior nome entre os possíveis candidatos democratas. “Biden é o pior colocado, vamos dizer assim, de todos esses nomes possíveis hoje no Partido Democrata, dadas as circunstâncias que vimos nas últimas semanas”, afirmou.
O analista destaca que Biden tenta atrair eleitores por meio de um “discurso do medo”, alertando sobre os supostos perigos de uma eventual vitória de Trump. “Basicamente, [Biden] tenta trazer os eleitores por esse discurso do medo, que é sempre um discurso negativo. O discurso do medo da tirania, defesa da democracia, se o Trump ganhar será uma catástrofe constitucional. E isso é um discurso do medo. O discurso precisa ser da esperança, o que vamos fazer de diferente, o que é que nós podemos conquistar, a nossa agenda para o futuro, a nossa agenda para os jovens, para a classe trabalhadora”, afirmou Ramos.
Outros nomes democratas teriam mais chances contra Trump
O especialista acrescenta que, embora nomes como Michelle Obama e governadores de estados específicos possam inicialmente ter menos reconhecimento nacional, uma vez lançados como candidatos, eles receberão ampla cobertura midiática, o que lhes permitiria rapidamente aumentar sua visibilidade. “Uma vez com a venda a substituição, eles seriam bombardeados pela mídia, imediatamente receberia todas as manchetes, todo o espaço de tempo de tela que seria suficiente para em questões de semanas serem conhecidos como o substituto de Biden, um candidato democrata, candidato que vai enfrentar o Trump”, explicou Ramos.
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(Publicado por Raphael Bueno, da CNN Brasil)