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    Iuri Pitta
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    Iuri Pitta

    Jornalista, mestre em administração pública e governo e professor universitário. Atuou como repórter, editor e analista em coberturas eleitorais desde 2000

    Lula ouve economistas sobre dólar e atuação do BC em jantar com Haddad

    No encontro, um dos temas mais discutidos foi a recente alta do dólar e a atuação do Banco Central em relação ao câmbio e à política monetária

    O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, foi anfitrião de um jantar na residência dele em São Paulo na sexta-feira (28). O evento reuniu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e economistas que atuaram em gestões passadas do PT ou são próximos do partido e do próprio petista.

    A informação foi revelada pela jornalista Mônica Bergamo, do jornal Folha de São Paulo, e confirmada pela CNN com participantes do encontro.

    Estiveram com Lula e Haddad o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega; o diretor de política monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo; o ex-presidente do BNDES Luciano Coutinho; e os economistas Luiz Gonzaga Belluzzo, da Unicamp, e Eduardo Moreira, do Instituto Conhecimento Liberta (ICL).

    No encontro, um dos temas mais discutidos foi a recente alta do dólar e a atuação do Banco Central em relação ao câmbio e à política monetária, além de questões estruturais e conjunturais da economia brasileira.

    Entre as avaliações compartilhadas pelos economistas está a de que a recente alta do dólar é fortemente motivada por fatores externos e enfrentada em todo o mundo, mas, principalmente, por moedas não conversíveis, isto é, aquelas que não têm a mesma aceitação que moedas fortes.

    Um dos participantes afirmou que o momento exige frieza e compreensão do que está ocorrendo. Haddad compartilha dessa visão e também tem recomendado cautela a Lula ao tratar do dólar e da atuação do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto — alvo de “críticas marginais”, conforme relato de um dos participantes.

    No jantar, foi apontado o risco de que uma persistência do dólar em patamar elevado provoca aumento nos preços no Brasil, e uma alta da inflação alimentaria a pressão por um novo ciclo de alta de juros — tudo o que o governo não quer e que poderia colocar em xeque os atuais indicadores econômicos positivos, como mercado de trabalho e crescimento da atividade.

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