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    Todo esforço que estamos fazendo vai fazer dólar “acomodar”, diz Haddad

    Ministro afirma não saber sobre discussão da revisão de mandato do presidente do BC

    Cristiane Nobertoda CNN Brasília

    O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quarta-feira (3) que todo o esforço do governo vai fazer o dólar “acomodar”. A moeda abriu o dia cotada em R$ 5,66, mas após expectativas das reuniões do ministro e da equipe econômica com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), recuou 1,62%, e passou a ser negociada a R$ 5,58.

    “Minha análise é que o câmbio vai acomodar”, pontuou Haddad. Ao ser questionado por jornalistas sobre o que vai levar a isso, o ministro respondeu: “tudo que nós estamos fazendo e entregando, os compromissos do presidente”.

    O chefe da equipe econômica também foi questionado sobre o motivo do Banco Central não ter interferido na volatilidade do dólar e se isso seria uma posição técnica ou ideológica por parte da autoridade monetária.

    Haddad afirmou que a “diretoria [do BC] tem autonomia para atuar como entender conveniente; não existe outra orientação. Tem autonomia, não tem outra orientação”.

    O ministro ainda afirmou que “não viu nenhuma discussão” sobre mudança no mandato de presidente do Banco Central.

    Uma das ideias discutidas, para evitar um cenário de que um presidente da República fique dois anos com um executivo indicado pela gestão anterior, é reduzir o período de quatro para dois anos.

    Na segunda-feira (1º), a ministra do Planejamento, Simone Tebet, chegou a citar essa possibilidade após participar de audiência no Senado Federal.

    Ela considerou um equívoco um período de transição de dois anos na autoridade monetária.

    “Eu defendi, lá atrás, quatro anos de mandato, mas com mudança do primeiro para o segundo ano. Como está hoje, cria desconfiança política em um país polarizado”, disse.

    Com um período menor de transição, na opinião da ministra, “mantém-se autonomia sem desconfiança do chefe do Poder Executivo”.

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