Américo Martins: “Desculpa” de Biden sobre debate dificilmente convencerá eleitor
O presidente dos EUA justificou que o fraco desempenho no debate da CNN foi causado por viagens internacionais
O analista sênior de Internacional da CNN Brasil, Américo Martins, comentou sobre a afirmação do presidente dos Estados Unidos Joe Biden de que seu fraco desempenho no debate foi causado pelas viagens internacionais que fez em junho.
No início, Martins afirmou que “dificilmente essa explicação ou essa desculpa ou a forma o presidente Joe Biden quiser classificar, muito dificilmente vai convencer os eleitores”.
Preparação para o debate
Biden havia ficado quase uma semana em Camp David, um retiro dos presidentes americanos, se preparando para o crucial debate. Martins considerou “muito estranha” a justificativa de que Biden estava quase dormindo durante o debate, que era “tão crucialmente importante para as próprias chances dele”.
O objetivo principal de Biden no debate era “justamente mostrar energia, mostrar competitividade, convencer o eleitor democrata de que vale a pena não só votar nele, como também tentar virar votos de outros eleitores”. No entanto, sua participação foi considerada “desastrosa” por Martins.
Discussões internas no Partido Democrata
Uma semana após o debate, o Partido Democrata continua envolvido em “muitas questões, muitas disputas internas, muitos políticos dizendo que é preciso mudar o candidato à presidência”. Embora não falem publicamente, nos bastidores, discute-se a possibilidade de eventualmente mudar o candidato.
Martins explicou que Biden é o líder do partido atualmente, e não existe outro candidato claro que possa substituí-lo. A decisão depende fundamentalmente do próprio Biden se convencer a abrir mão da candidatura, algo que ele e sua família resistem, acreditando que ele é a única pessoa capaz de derrotar o ex-presidente Donald Trump.
No entanto, Biden está atrás nas pesquisas, especialmente nos estados pêndulo que decidirão a eleição. Alguns nomes, como a governadora Gretchen Whitmer e o governador Gavin Newsom, são citados como possíveis substitutos, mas a decisão final é “única e exclusivamente do presidente Joe Biden”, que é conhecido por ser “muito determinado nas suas opiniões” e não mudar de ideia facilmente.
“Ele já venceu o ex-presidente Donald Trump uma vez, acredita que pode fazer isso novamente”, disse Martins. Contudo, a eleição de 2020 foi um plebiscito sobre o governo Trump, e agora os eleitores demonstram insatisfação com Biden, principalmente devido à sua idade e energia.
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