Caso Porsche: polícia investiga se familiares do motorista retiraram garrafas do carro após acidente
Segundo testemunhas, parentes de Fernando Sastre de Andrade Filho retiraram embalagens depois da colisão que provocou a morte de um motorista de aplicativo em SP
A Polícia Civil de São Paulo abriu um inquérito para apurar se familiares do empresário Fernando Sastre de Andrade Filho retiraram garrafas de bebidas alcoólicas do carro que ele dirigia, um Porsche 911 Carrera GTS, após o acidente ocorrido no dia 31 de março que provocou a morte de um motorista de aplicativo na zona leste de São Paulo.
O caso é investigado como fraude processual. A informação foi revelada durante uma audiência com testemunhas na última semana.
No mesmo dia, em 28 de junho, o Ministério Público de São Paulo, solicitou abertura de inquérito para apurar os fatos, o que foi aceito pela Justiça no início desta semana.
Relembre o caso
Por volta das 2h30 do dia 31 de março deste ano, o empresário, de 24 anos, dirigia um Porsche a 156 km/h na avenida Salim Farah Maluf, na zona leste da capital paulista, onde a velocidade máxima permitida é de 50 km/h. O empresário atingiu a traseira do Renault Sandero que pertencia ao motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana, 52 anos, que morreu.
No momento da batida, Fernando estava na companhia do amigo Marcus Vinicius Machado Rocha, de 22 anos, que estava no banco do carona e chegou a ser hospitalizado e passar por cirurgia por conta do acidente.
O dono do Porsche foi liberado por uma agente da Polícia Militar sem realizar o teste do bafômetro. Ele deixou o local do acidente na companhia da mãe, que disse aos policiais que levaria o filho a um hospital devido a um suposto ferimento na região da boca.
Mais tarde, ele não foi encontrado pelos policiais no local indicado e se entregou à polícia no dia 6 de abril, após ser dado como foragido. O processo tramita em segredo de Justiça.