1 a cada 20 pessoas em situação de rua recusa acolhimento em São Paulo
Dados são de 2024 e refletem a temporada de frio, entre o final de maio e o início de julho
Um levantamento feito pela prefeitura de São Paulo a pedido da CNN mostra que do dia 27 de maio até o dia 1º de julho, 1.207 pessoas em situação de rua recusaram a condução para abrigos municipais. Nesse mesmo intervalo, foram realizadas 24.957 abordagens.
Na prática, isso significa que 4,8%, ou uma a cada 20 pessoas, preferem ficar nas ruas do que ser encaminhadas para um abrigo da prefeitura. Os dados são referentes à Operação Baixas Temperaturas, reativada no último sábado (29) com a nova onda de frio que atingiu a capital paulista.
Entre os principais motivos para a recusa ao acolhimento estão: a vaga ser distante do atual território, não concordar com as regras dos locais (que estabelecem regimes claros de horário, alimentação e veto ao uso de drogas e ao consumo de álcool) e o local não ter vaga para abrigar o animal de estimação ou o(a) companheiro(a) da pessoa abordada.
Uma das pesquisas mais recentes aponta que a cidade de São Paulo tem cerca de 65 mil pessoas vivendo nas ruas. Os dados são do Observatório Brasileiro de Políticas Públicas com a População em Situação de Rua, do Polo de Cidadania da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
A atual gestão alega que o número é menos da metade do estimado pela universidade, com 31,8 mil pessoas em situação de rua. O Censo da População em Situação de Rua teve os dados coletados em 2021 e divulgado em 2022.
Na madrugada de domingo (30) para segunda-feira (1º), a cidade teve mínima de 11,9°C registrada na estação do Mirante de Santana, na zona Norte. O termômetro é do Instituto Nacional de Meteorologia, o Inmet.