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    Jussara Soares
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    Jussara Soares

    Em Brasília desde 2018, está sempre de olho nos bastidores do poder. Em seus 20 anos de estrada, passou por O Globo, Estadão, Época, Veja SP e UOL

    Avanço da ultradireita na França acende alerta no governo Lula

    Bolsonarismo comemora e explora as vitórias da direita e da ultradireita no mundo, buscando fazer projeções para o Brasil

    O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) acompanha com preocupação o avanço da ultradireita na França. A avaliação é que uma eventual conquista de ampla maioria no Parlamento francês pelo Reunião Nacional (RN), de Marine Le Pen, fortaleceria as conexões internacionais do bolsonarismo.

    A direita brasileira tem construído nos últimos tempos fortes relações na Europa a partir da Hungria, do primeiro-ministro Viktor Orbán. O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se tornou próximo do ícone da ultradireita, a quem chamou de “irmão”.

    Orbán esteve na posse do brasileiro em 2019. Os dois voltaram a se encontrar em Budapeste, em 2022. Em dezembro de 2023, Bolsonaro, já fora do poder, se reuniu com o premiê húngaro em Buenos Aires, na véspera da posse de Javier Milei como presidente da Argentina.

    Em fevereiro deste ano, Bolsonaro passou duas noites na embaixada da Hungria após ter o passaporte apreendido pela Polícia Federal no âmbito do inquérito que investiga a tentativa de golpe de Estado. Bolsonaro alegou o período no local era para manter contato com autoridades húngaras.

    A eventual chegada da ultradireita ao poder na França é vista, porém, com mais preocupação porque é o país está no “coração” do continente. Não apenas por sua localização geográfica, mas pela relevância política, econômica e cultural.

    No início de junho, o governo brasileiro já tinha colocado no centro das suas atenções o avanço da direita no Parlamento Europeu. Por sua vez, o bolsonarismo comemora e explora as vitórias da direita e da ultradireita no mundo, buscando fazer projeções para o Brasil.

    “As eleições para o Parlamento Europeu e a da França neste domingo mostram que as pessoas estão sentindo na pele o mal que a esquerda impõe aos povos onde governa”, escreveu da deputada Bia Kicis (PL-DF).

    “1º turno da eleição na França hoje, convocada por Macron, indica ampla vitória da chapa de direita de Marine Le Pen e Jordan Bardella. Esta também é a eleição com a maior participação dos eleitores nos últimos 25 anos, o que demonstra a empolgação pela mudança e importância dela. Todas as pessoas normais estão na torcida pela vitória deles, o que representaria o início do resgate da França”, publicou o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que lidera conexões com a extrema-direita no mundo.

    Já o ex-presidente Bolsonaro, após a vitória da direita no Parlamento Europeu, disse que “a vontade popular prevalece sem determinadas intromissões e logo mais se repetirão em outras partes do mundo”.

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