Petrobras cancela contrato com Unigel, mas não desiste do negócio de fertilizantes
Em fato relevante a Petrobras explica que a Unigel não atendeu às condições exigidas
A Petrobras decidiu encerrar um contrato assinado com a Unigel, fábrica de fertilizantes. O acordo de fabricação por encomenda assinado entre as companhias foi assinado no final de 2023 e deveria ter entrado em vigor em fevereiro deste ano.
Em fato relevante, a Petrobras explica que a Unigel não atendeu às condições exigidas para a manutenção do contrato. Porém, fontes com conhecimento do acordo ouvidas pela CNN apontam que a maior pressão para o cancelamento veio do Tribunal de Contas da União (TCU).
Análise do TCU apontou que a Petrobras teria prejuízos de R$ 500 milhões, além de apresentar indícios de “irregularidades graves”. Foi o alerta do Tribunal que provocou o adiamento da entrada em vigor do contrato.
No comunicado divulgado na noite desta sexta-feira (28), a estatal reiterou que segue na “análise de uma solução definitiva, rentável e viável para o suprimento de fertilizantes ao mercado brasileiro”.
A determinação de voltar ao segmento é do governo Lula, que assumiu indiretamente a gestão da Petrobras.
Com a chegada de Magda Chambriard na presidência da estatal, depois da demissão sumária de Jean Paul Prates, a expectativa é que os contratos para viabilizar a agenda do governo petista sejam acelerados.
Em sua primeira entrevista coletiva depois da posse, Chambriard disse que o contrato com a Unigel estava “em estudo” e que não passaria “por cima de uma instituição respeitada como o TCU”.