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    Victor Irajá
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    Victor Irajá

    Com passagens por Estadão e rádio CBN, foi editor do Radar Econômico, da revista Veja. É especializado em Economia pela FGV e pelo Insper

    Lemann, Telles e Sicupira esperam consolidação de relatório de comitê independente da Americanas até o fim do mês

    Ex-CEO da empresa, Miguel Gutierrez foi alvo de operação da Polícia Federal e deve ser incluído em lista da Interpol

    Surpreendidos pela Polícia Federal na manhã desta quinta-feira (27) pela Operação Disclosure, que mira membros da alta cúpula da Americanas, diretores e executivos da varejista esperam a publicação do relatório do comitê independente contratado pela empresa para apurar os culpados pela fraude contábil de R$ 25,3 bilhões nas próximas semanas.

    Formado por expoentes do direito e da área de regulação do mercado de capitais, o comitê independente que investiga os artífices da fraude já custou mais de R$ 100 milhões para a Americanas desde sua instalação, em janeiro de 2023.

    Adiada por diversas vezes, a publicação do relatório preparado pelo comitê, que deve apontar detalhes e protagonistas da consolidação do rombo, deve embasar mais caminhos para as investigações.

    A expectativa do trio de acionistas controladores — Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira — é de que a formulação do relatório termine até o fim de junho e seja publicado nas duas primeiras semanas de julho.

    A expectativa de pessoas próximas ao trio é de que o relatório os exima de responsabilidades sobre o rombo. A publicação, porém, já esteve prevista para março e não foi realizada.

    Segundo fontes próximas à empresa, o relatório deve apontar a responsabilidade maior pela consolidação da fraude por parte de alvos da operação desta quinta-feira, encabeçada pelo ex-CEO Miguel Gutierrez, que está na Espanha.

    Um dos procurados da operação, ele deve ser incluído na lista da Interpol.

    Dois dos executivos ouvidos pelo comitê e acusados de terem participado da fraude, Flávia Carneiro e Marcelo da Silva Nunes, fizeram delação premiada no processo de investigação instaurado pelo Ministério Público Federal.

    Procurada, a Americanas disse que não vai comentar.

    Sobre a operação da PF, a companhia diz que “reitera sua confiança nas autoridades que investigam o caso e reforça que foi vítima de uma fraude de resultados pela sua antiga diretoria, que manipulou dolosamente os controles internos existentes. A Americanas acredita na Justiça e aguarda a conclusão das investigações para responsabilizar judicialmente todos os envolvidos”.

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