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    Larissa Rodrigues
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    Larissa Rodrigues

    Acompanha de perto as articulações do Congresso com o Executivo e como a relação entre os Poderes interfere na vida da população e na economia do país

    Plano Safra: Planalto cancelou agenda no MT por temer “reações negativas”

    Crise com leilão do arroz dificultou ainda mais relação com agro

    O Palácio do Planalto decidiu cancelar o evento de lançamento do Plano Safra 2024/2025 em Rondonópolis, no Mato Grosso, por temer “reações negativas”.

    A informação foi confirmada à CNN por interlocutores envolvidos nas negociações do plano, que agora será lançado em Brasília, nesta quarta-feira (26).

    Inicialmente, a ideia era realizar um grande evento na cidade de Rondonópolis, um dos principais polos do agronegócio, para tentar uma aproximação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com o setor.

    A nova edição do Plano Safra deverá superar R$ 510 bilhões, nas modalidades empresarial e de agricultura familiar, um recorde histórico.

    No entanto, após o mal-estar com o agro em torno do fracassado leilão para importação de arroz e o revés na Medida Provisória do PIS/Cofins, o governo achou mais seguro fazer o lançamento no Palácio do Planalto e buscar uma blindagem das críticas.

    O leilão anulado também fez as críticas do agronegócio passarem a ser personalizadas na figura do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro. Antes, no setor, o ministro era tido como competente e normalmente se reclamava mais de Lula e do governo como um todo.

    O governo teve de anular o leilão — que visava garantir o abastecimento de arroz após as chuvas no Rio Grande do Sul — por ter identificado problemas técnicos e financeiros das empresas vencedoras.

    Além disso, a reação do agro com a MP que compensaria as desonerações da folha de pagamento foi bastante forte.

    O presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins, chegou a dizer que se recusava a falar com Lula sobre a medida.

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