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    Debates presidenciais têm pouca relevância nas eleições dos EUA, avalia professor

    Especialista em Relações Internacionais Gustavo Poggio comenta a expectativa em torno do primeiro debate entre Biden e Trump antes das convenções partidárias

    Da CNN

    O professor de Relações Internacionais Carlos Gustavo Poggio falou, durante participação no programa WW desta segunda-feira (24), sobre a expectativa para o debate entre os candidatos à presidência dos Estados Unidos: Joe Biden e Donald Trump.

    Segundo Poggio, em geral, os debates não têm tanta importância no processo eleitoral norte-americano, especialmente nas eleições gerais.

    O professor destacou que existe uma preocupação maior em torno deste debate em específico devido a dois fatores principais: primeiro, por ocorrer muito cedo na campanha eleitoral, antes mesmo das convenções partidárias; e segundo, pela grande expectativa sobre a condição física e cognitiva do candidato democrata Biden, de 81 anos.

    “Trump tem feito uma campanha muito forte no sentido de reforçar que o Biden é um sujeito de 81 anos, que teria problemas cognitivos”, afirmou o professor. “Portanto, existe uma expectativa muito grande em torno da performance do Joe Biden nesse debate.”

    Caso Biden tenha uma performance considerada ruim e que reforce a percepção de declínio cognitivo, Poggio avalia que isso pode prejudicar severamente sua campanha e abrir espaço para uma eventual troca de candidato pelo Partido Democrata.

    “É um debate que tem um risco muito maior para o Joe Biden do que o Donald Trump, a despeito dos temas que vão ser discutidos.”

    Debate entre Biden e Trump

    Dois anos após reverter o caso Roe vs Wade, a Suprema Corte os EUA deu poder aos estados para decidirem suas próprias regras sobre o aborto.

    A equipe de Biden aproveitou para atacar Trump por sua condenação por falsificação de registros financeiros.

    O aborto será um dos temas explorados no debate da CNN nesta quinta-feira (27), a primeira vez que Biden e Trump se encontrarão frente a frente desde outubro de 2020.

    Enquanto Biden deve explorar a condenação de Trump, o ex-presidente deve abordar assuntos sensíveis para Biden, como imigração e inflação.

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