Estiagem continua em Rondônia e Rio Madeira está em cota baixa para o período
Nível do rio está em 6,63 metros até a tarde deste domingo (23), de acordo com a Defesa Civil do estado; cota de atenção é partir dos 4 metros
O estado de Rondônia enfrenta um período de estiagem que começa a afetar o nível do Rio Madeira na capital Porto Velho. Neste domingo (23), de acordo com a medição oficial da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), o rio estava com o nível em 6,63 metros.
Na última terça-feira (18), o Rio Madeira atingiu 4,10 metros, nível mais próximo da considerada cota de atenção pela Defesa Civil estadual, que é a partir de 4 metros. Quando atinge essa marca, a Marinha do Brasil suspende a navegação. Para a Defesa Civil, a cota de alerta é de 3,10 metros.
Em Porto Velho, a Defesa Civil municipal alertou os moradores de regiões ribeirinhas para o risco de aparecimento de animais predadores e desbarrancamento em locais de riscos. O prefeito da capital, Hildon Chaves, encaminhou ao Ministério de Minas e Energia um documento solicitando providências para prevenção e enfrentamento de uma possível crise hídrica na cidade.
“Segundo as previsões meteorológicas, a crise hídrica pode desencadear uma série de prejuízos econômicos e sociais, com a possibilidade em uma crise no abastecimento de combustíveis e mantimentos, que chegam até a capital via fluvial, pelo rio Madeira”, afirmou o coordenador da Defesa Civil de Porto Velho, Elias Ribeiro.
Apesar de esperadas para o período, conhecido como “verão amazônico”, a Defesa Civil estadual disse à CNN que o fator novo é a intensidade da estiagem. Dados da ANA, relativos à chuva na capital rondoniense, mostram que a última vez que choveu em Porto Velho foi há quase um mês, em 26 de maio, quando houve 50mm de precipitação.
Sem previsão de chuva para os próximos dias, a tendência é de que o nível do rio recue. Segundo a Defesa Civil de Rondônia, há o acompanhamento do nível por parte do órgão, e o estado prepara os trâmites para decretação de uma situação de emergência por conta da estiagem.
Sob supervisão de André Rigue