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    Ataque ucraniano com mísseis dos EUA na Crimeia deixa mortos, diz Rússia

    Ministério da Defesa da Rússia acusou EUA de terem participação direta na ação

    Da Reuters

    A Rússia disse neste domingo (23) que a Ucrânia realizou um ataque na península da Crimeia com cinco mísseis fornecidos pelos Estados Unidos. A ação matou ao menos cinco pessoas, incluindo três crianças, e feriram mais 124, ainda segundo autoridades russas.

    O Ministério da Defesa russo afirmou que quatro dos mísseis do tipo Sistema de Mísseis Táticos do Exército (ATACMS) entregues pelos EUA, equipados com ogivas de fragmentação, foram abatidos por sistemas de defesa aérea e a munição de um quinto projétil detonou no ar.

    A pasta alegou que especialistas dos EUA definiram as coordenadas de voo dos mísseis com base em informações de satélites espiões americanos, o que significa que o país diretamente responsável no ataque.

    “A responsabilidade pelo ataque deliberado de mísseis aos civis de Sebastopol recai acima de tudo em Washington, que forneceu essas armas à Ucrânia, e pelo regime de Kiev, de cujo território esse ataque foi realizado”, disse o ministério.

    Os Estados Unidos começaram a fornecer à Ucrânia mísseis ATACMS, que têm alcance de até 300 km, no início deste ano.

    A Reuters não conseguiu verificar imediatamente os relatos da Rússia.

    Imagens da televisão estatal russa mostraram pessoas correndo em uma praia e outras sendo carregadas em espreguiçadeiras.

    Autoridades russas instaladas na Crimeia disseram que fragmentos de mísseis caíram logo após o meio-dia perto de uma praia no lado norte da cidade de Sebastopol, onde os moradores estavam de férias.

    Pelo menos 124 ficaram feridos, destacou o ministro da Saúde russo, Mikhail Murashko. Isso inclui 27 crianças, cinco das quais estão em estado grave, ainda de acordo com as autoridades.

    Rússia promete resposta

    A Rússia prometeu resposta ao ataque deste domingo, disse o Ministério da Defesa, sem dar mais detalhes. O Kremlin ressaltou que o presidente Vladimir Putin está “em contato constante com os militares” desde a ofensiva a Sebastopol.

    Nem a Ucrânia, nem os Estados Unidos comentaram sobre o ataque.

    A Rússia anexou a Crimeia em 2014 e agora vê a península do Mar Negro como parte integrante de seu território, embora a maior parte do mundo ainda a considere parte da Ucrânia.

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