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    Líbano não pode se tornar outra Faixa de Gaza, diz secretário-geral da ONU

    António Guterres afirmou que redução imediata da tensão é essencial e que não há solução militar

    Michelle Nicholsda Reuters

    O secretário-geral da ONU, António Guterres, disse nesta sexta-feira (21) que está profundamente preocupado com a escalada das tensões entre Israel e o Hezbollah, do Líbano.

    Ele também pontuou que as forças de paz da ONU estão trabalhando para acalmar a situação e evitar “erros de cálculo”.

    “Um movimento precipitado, um erro de cálculo pode desencadear uma catástrofe que vai muito além da fronteira e, francamente, além da imaginação”, alertou a repórteres.

    “Vamos ser claros: o povo da região e o povo do mundo não podem se dar ao luxo de que o Líbano se torne outra Gaza”, adicionou.

    O Hezbollah, um grupo apoiado pelo Irã, tem disparado foguetes contra Israel em solidariedade ao aliado Hamas desde que a guerra de Gaza começou, forçando dezenas de milhares de israelenses a fugirem de suas casas.

    Assim, a pressão política em Israel por ações mais duras está aumentando.

    Dezenas de milhares de libaneses também fugiram de suas casas após ataques israelenses no sul do Líbano.

    A missão do Irã na ONU destacou nesta sexta que o Hezbollah tem a capacidade de se defender e defender o Líbano contra Israel, alertando que “talvez tenha chegado a hora da autoaniquilação deste regime ilegítimo”.

    “Qualquer decisão imprudente do regime israelense ocupante para se salvar pode mergulhar a região em uma nova guerra”, postou a diplomacia iraniana no X.

    Uma força de manutenção da paz da ONU, a UNIFIL, bem como observadores técnicos desarmados conhecidos como UNTSO, estão há muito tempo estacionados no sul do Líbano para monitorar as hostilidades ao longo da linha de demarcação entre o Líbano e Israel, conhecida como Linha Azul.

    “As forças de paz da ONU estão no local trabalhando para diminuir as tensões e ajudar a evitar erros de cálculo”, afirmou Guterres.

    “O mundo deve dizer alto e claro: a redução imediata da tensão não é apenas possível, é essencial. Não há solução militar”, concluiu.

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