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    “Não sou favorável a jogo, mas também não acho crime”, diz Lula ao comentar PL dos Jogos de Azar

    Presidente afirmou não haver motivos para vetar projeto de lei caso Congresso aprove a medida

    Lucas Schroederda CNN , São Paulo

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta sexta-feira (21), que não é favorável a jogos de azar, mas que, por outro lado, não os considera crime. A declaração foi feita em entrevista à rádio Meio Norte, do Piauí.

    “Eu não sou favorável a jogo, não. Mas também não acho crime”, disse o presidente.

    Em seguida, Lula declarou que, caso o Congresso Nacional aprove o Projeto de Lei 2.234/2024, que trata da exploração de jogos e apostas no país, não haverá motivo para vetar a proposta. “Se o Congresso aprovar e for feito um acordo entre os partidos políticos, não tem por que não sancionar.”

    O projeto, que já passou pela Câmara, foi aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) do Senado na última quarta-feira (19) e seguirá para votação no plenário da Casa. Se for aprovado, desde que não haja mudanças no texto, o PL vai para sanção de Lula.

    Apesar disso, o presidente também disse acreditar que a legalização dos jogos de azar “não irá resolver os problemas do Brasil”.

    “Essa promessa fácil de que vai gerar dois milhões de empregos, de que vai desenvolver, não é verdade. A minha missão é fazer a economia brasileira voltar a crescer”, reiterou.

    “Pobre não vai ao cassino”, diz presidente

    Na entrevista, Lula também disse que não crê “no discurso” de que, caso os cassinos estejam liberados, o “pobre vai gastar”.

    “O pobre não vai ao cassino. O pobre vai trabalhar no cassino. Ele pode até ver a sua cidade se desenvolver, mas ele não vai, porque o cassino é uma coisa para quem tem dinheiro”, acrescentou Lula.

    Atualmente, as práticas de jogo do bicho, jogos de azar e apostas em corridas de cavalo fora do hipódromo ou de lugar autorizado são enquadradas como “contravenções penais”, sujeitas à prisão simples e multas.

    (Com informações de Renata Souza, da CNN, em São Paulo)

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