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    Novo Ensino Médio: saiba por que vai mudar novamente

    As novas alterações discutidas, segundo a presidente do Todos Pela Educação, tendem a melhorar o formato iniciado em 2017

    Rafael SaldanhaBruno Laforéda CNN

    Na última quarta-feira (19), o projeto de lei que reformula o Novo Ensino Médio foi aprovado em votação simbólica no Senado. O texto volta à Câmara dos Deputados para nova análise, já que foi modificado pelos senadores.

    Em entrevista à CNN, nesta quinta-feira (20), a presidente-executiva do Todos Pela Educação, Priscila Cruz, explicou o que muda com este novo projeto e a necessidade de rediscutir o formato do Ensino Médio, após mudança recente aprovada em 2017.

    A reforma aprovada há cerca de sete anos, durante o governo do presidente Michel Temer, previa que os estudantes escolhessem itinerários formativos. Existem cinco opções deles, que podem ser alinhados com as áreas de interesse dos alunos. São elas:

    • Linguagens e suas tecnologias
    • Matemática e suas tecnologias
    • Ciências da natureza e suas tecnologias
    • Ciências humanas e sociais aplicadas
    • Formação técnica e profissional

    “Basicamente, o problema da lei aprovada em 2017 era ter um teto para formação geral básica, então, por mais que a gente tivesse o aumento da carga horária no ensino médio, a escola não poderia ofertar mais do que 1.800 horas nos três anos de Ensino Médio para formação geral básica e o resto todo pros itinerários”, explica Priscila.

    As novas alterações discutidas, segundo a especialista, tendem a melhorar o formato iniciado em 2017. A ideia é “fazer com que os alunos realmente aprendam no Ensino Médio e tenham uma evasão menor, com o aumento da educação profissional, porque o Brasil ainda tem uma matrícula muito baixa na educação profissional: 11% no Brasil, sendo que a média é de 20% na América Latina e 40% nos países da OCDE, que são os mais ricos”, acrescentou a presidente do Todos pela Educação.

    Priscila Cruz ainda destaca que o projeto anterior deixou algumas falhas que precisam ser corrigidas agora. Segundo ela, o modelo aprovado em 2017 “acabou tendo muitos problemas de implementação e, basicamente, pouco tempo pra formação geral básica. Isso acabou gerando muito desigualdade. Se uma rede estadual é bem gerida, o aluno tinha uma experiência melhor. Se era mal gerida, aí era um desastre”.

    A especialista alerta que é preciso que os políticos tenham senso de urgência para análise do novo texto na Câmara, pois muitas secretarias de Educação já estão com o planejamento do ano que vem em andamento.

    “As escolas estão em suspensão. Estão todos esperando o que vai ser: avanço com a implementação daquilo que já existe? Avanço com o que virá? Isso é muito ruim pra educação, porque promove um atraso geral, mas especificamente pra essa geração de agora”, concluiu.

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