Autoridades dos EUA e de Israel se reúnem nesta quinta (20), dizem fontes
Encontro acontece em meio a tensão entre os dois países após fala de Benjamin Netanyahu
Os principais assessores do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, se encontrarão com autoridades dos Estados Unidos nesta quinta-feira (20), em meio a tensão entre os dois aiados, disseram autoridades.
Tzachi Hanegbi, assessor de segurança nacional israelense, e Ron Dermer, ministro de Assuntos Estratégicos de Israel, falarão com Jake Sullivan, assessor da Casa Branca, enquanto uma reunião maior e mais formal de “diálogo estratégico” está sendo remarcada, de acordo com uma autoridade da Casa Branca que falou sob condição de anonimato.
Já Antony Blinken, secretário de Estado dos EUA, se encontrará com os israelenses às 15h, no horário local, segundo uma autoridade sênior do Departamento de Estado americano.
A autoridade da Casa Branca explicou que a reunião mais ampla não foi cancelada, mas que detalhes estavam sendo finalizados.
“Enquanto isso, reuniões com autoridades israelenses estão sendo realizadas ao longo da semana em níveis de especialistas e seniores sobre uma variedade de tópicos”, ressaltou a fonte.
Fala de Netanyahu repercute no governo dos EUA
Netanyahu divulgou um vídeo em inglês na terça-feira (18) no qual disse que o Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, havia garantido a ele que o governo Biden está trabalhando para suspender as restrições de envio de armas a Israel.
O principal diplomata dos EUA se recusou a confirmar que teria feito essa garantia ao líder israelense.
Em um raro relato de conversas diplomáticas, que normalmente são privadas, Netanyahu também informou que disse a Blinken que era “inconcebível” que nos últimos meses os EUA estejam “retendo armas e munições” para Israel.
O comentário provocou réplicas do governo Biden.
O porta-voz de segurança nacional da Casa Branca, John Kirby, abordou os comentários em um briefing com repórteres nesta quinta-feira, observando que os EUA expressaram diretamente descontentamento com Israel.
“Acho que deixamos bem claro para nossos colegas israelenses por meio de vários veículos nossa profunda decepção com as declarações expressas naquele vídeo e nossas preocupações sobre a precisão das declarações feitas”, afirmou Kirby.
“A ideia de que de alguma forma paramos de ajudar Israel com suas necessidades de autodefesa não é precisa”, adicionou.
