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    “Só piratas fazem isso”: Filipinas acusam China de usar armas brancas no Mar da China

    Especialista alerta que ação poderia ser interpretada como ato de guerra

    Nectar GanKathleen Magramoda CNN

    As Filipinas acusaram a guarda costeira da China de lançar um “ataque brutal” com armas brancas no Mar da China Meridional no início desta semana, uma grande escalada em uma disputa inflamada que ameaça arrastar os Estados Unidos para outro conflito global.

    Imagens divulgadas pelo Exército filipino nesta quinta-feira (20) mostram oficiais da guarda costeira chinesa apontando um machado e outras ferramentas afiadas ou pontiagudas contra os soldados filipinos e cortando o barco de borracha onde estavam, no que o governo das Filipinas chamou de “um ato descarado de agressão”.

    Os dois países trocaram acusações pelo confronto perto do Second Thomas Shoal nas disputadas Ilhas Spratly, que aconteceu na segunda-feira (17).

    O caso ocorreu durante uma missão filipina para reabastecer seus soldados em um navio de guerra da Segunda Guerra Mundial encalhado, que faz parte das reivindicações territoriais de Manila sobre o atol.

    O incidente é o mais recente de uma série de confrontos cada vez mais tensos na área, que é rica em recursos e estrategicamente importante.

    Ação poderia ser ato de guerra, diz especialista

    Mas as imagens divulgadas nesta quinta marcam um ponto de inflexão nas tensões, com a China adotando táticas muito mais agressivas, que, segundo analistas, parecem calculadas para testar como as Filipinas e seu principal aliado de defesa — os Estados Unidos — responderão.

    A China reivindica “soberania indiscutível” sobre quase todo o Mar da China Meridional e a maioria das ilhas e bancos de areia nele, incluindo muitas que estão a centenas de quilômetros da China continental.

    Vários governos, incluindo as Filipinas, também reivindicam controle de áreas na região.

    Collin Koh, pesquisador da Escola de Estudos Internacionais S. Rajaratnam, em Singapura, disse que era sem precedentes para a guarda costeira da China abordar um navio da Marinha filipina.

    “Eles podem ser barcos de borracha, mas isso não muda o fato de que são navios da Marinha das Filipinas e, de acordo com a lei internacional, eles desfrutam do que chamamos de imunidade soberana”, pontuou Koh.

    “Isso é muito perigoso, porque, no mínimo, isso poderia até ser interpretado como um ato de guerra”, concluiu.

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