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    Pedro Duran
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    Pedro Duran

    O pai do Benjamin passou pela TV Globo, CBN e UOL. Na CNN, já atuou em SP, Rio e Brasília e conta histórias das cidades e de quem vive nelas

    Polícia do RJ apreende 1 fuzil a cada 12 horas em 2024

    Dados obtidos pela CNN mostram o aparato de guerra usado pelos criminosos nas áreas dominadas pelo tráfico de drogas

    As polícias Militar e Civil do Rio de Janeiro apreenderam um fuzil a cada 12 horas no estado entre janeiro e maio de 2024. Os dados foram obtidos pela CNN e mostram ainda que a maior concentração de apreensões está na região metropolitana da capital fluminense, que corresponde a cerca de 94% das apreensões. Os números chamam atenção porque as armas têm uso restrito das Forças Armadas, não podendo ser compradas por civis e nem mesmo empresas de segurança privada, por exemplo. No caso do Rio de Janeiro, fontes da Polícia Militar afirmam que as armas são usadas majoritariamente em comunidades dominadas pelo tráfico de drogas, que se concentram na região central e na zona norte da capital e também na Baixada Fluminense.

    Ao todo foram 2.345 fuzis apreendidos pelas polícias do Rio de Janeiro nos últimos cinco anos. A conta compreende a série histórica de junho de 2019 a maio de 2024. Entre janeiro e o fim de maio de 2024 foram 307 fuzis apreendidos. O número é o segundo maior para o período na série histórica iniciada em 2019, perdendo apenas para os cinco primeiros meses de 2023, quando foram apreendidos 321 fuzis. Nos outros anos o patamar ficou abaixo de 240 fuzis recolhidos.

    Fuzil com mira acoplada apreendido na Av. Brasil na noite desta quarta-feira (19/6) pela PM-RJ / Reprodução/PM-RJ
    O coronel Frederico Afonso, especialista em Segurança Pública, explica que os fuzis são usados como elementos de agressão e proteção de facções que atuam no estado do Rio de Janeiro, em um permanente clima de guerra. “A arma hoje funciona como um elemento de defesa da organização criminosa. O fuzil se tornou importante porque se a facção ‘A’ tem e a facção ‘B’ não tiver, ela vai perder aquele ponto. O aumento do poder bélico de determinada facção ou organização criminosa, faz com que a outra busque aquilo, é um efeito de contágio”, diz Afonso. “Na violência no Rio de Janeiro, tudo se sustenta. O gás, o transporte alternativo, o fornecimento de energia elétrica, isso é controlado por uma organização criminosa. Se ela não puder defender esse nicho, outra vai buscar isso, e como é que ela se defende? Com fuzis”, completa.

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