Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Otan: Pacto entre Rússia e Coreia do Norte mostra alinhamento entre autoritários

    Chefe da aliança militar pede mais comprometimento de países-membros com orçamento da organização

    David Ljunggrenda Reuters Ottawa, Canadá

    O novo pacto defensivo da Rússia com a Coreia do Norte mostra um alinhamento crescente entre potências autoritárias e ressalta a importância das democracias apresentarem uma frente unida, disse o chefe da Otan, Jens Stoltenberg, nesta quarta-feira (19).

    O presidente russo, Vladimir Putin, assinou um acordo com o ditador Kim Jong-un, da Coreia do Norte, que incluiu uma promessa de defesa mútua, um movimento que reformula a política de Moscou em relação a Pyongyang.

    O secretário-geral da Otan também afirmou que a Coreia do Norte forneceu “uma enorme quantidade de munição” para a Rússia, enquanto a China e o Irã estavam apoiando Moscou militarmente em na guerra contra a Ucrânia.

    “Precisamos estar cientes de que os poderes autoritários estão se alinhando cada vez mais. Eles estão apoiando uns aos outros de uma maneira que nunca vimos antes”, disse ele em um painel de discussão durante uma visita oficial a Ottawa.

    “Quando eles estão cada vez mais alinhados — regimes autoritários como Coreia do Norte e China, Irã, Rússia — então é ainda mais importante que estejamos alinhados como países que acreditam na liberdade e na democracia”, disse ele.

    A crescente proximidade entre a Rússia e outras nações asiáticas significa que é ainda mais importante que a Otan trabalhe com aliados na Ásia-Pacífico, disse ele, acrescentando que foi por isso que os líderes da Austrália, Japão, Nova Zelândia e Coreia do Sul foram convidados para uma cúpula da Otan em Washington no próximo mês, entre 9 e 11 de julho.

    Stoltenberg também disse que espera que o Canadá cumpra a meta da Otan de gastar 2% do produto interno bruto na defesa.

    O governo liberal do Canadá, que despejou bilhões em programas sociais, gasta apenas 1,37% do PIB em suas forças armadas. Em abril, emitiu um plano para atingir 1,76% até 2030.

    Outros membros da Otan “estão preocupados com o equilíbrio fiscal, eles querem gastar dinheiro em saúde (e) educação”, disse ele, acrescentando que “se não formos capazes de preservar a paz, então o que fazemos em saúde e mudança climática e educação vai falhar”.

     

    Tópicos