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    Melhor uso para excesso de capital é devolvendo para os acionistas, diz Moreira Salles, do Itaú

    Declaração foi dada em uma conversa com o outro copresidente do conselho de administração do banco, Roberto Setubal

    Diego Mendesda CNN São Paulo

    O copresidente do conselho de administração do Itaú Unibanco, Pedro Moreira Salles, disse nessa quarta-feira (19) que a melhor forma para o uso do excesso de capital no banco é devolvendo aos investidores.

    Segundo ele, se não houver uma alta na demanda por crédito, a instituição fica em uma posição de excesso de capital. 

    “Se você não tiver um crescimento muito grande de demanda por crédito, de fato, você fica com um excesso de capital e nós não temos nenhuma dúvida de que o melhor uso para esse capital, em determinado momento, seja devolvendo para os acionistas. Seja como recompra de ações, seja como dividendo”, afirma.

    A declaração foi dada em uma conversa com o outro copresidente do conselho de administração do banco, Roberto Setubal, durante o Itaú Day, evento voltado aos investidores da instituição.

    Moreira Salles afirmou que essa é uma discussão permanente no banco.

    “Eu acho que a gente tem um objetivo de índice de capital. A gente repôs, chegamos a patamares que a gente queria, e com a taxa de retorno que o banco consegue atingir.”

    Destacou ainda que, nesse ponto, o banco tem sido disciplinado, uma vez que a equipe vem explicando esse processo e toda a reflexão que está por trás das decisões.

    “Nosso corpo de acionistas pode contar com isso na medida em que o banco continuar performando nos patamares que está performando, e tiver a base de capital necessária para o crescimento esperado.”

    Setubal ressaltou que, ao ter mais crescimento, existe o capital que está sendo gerando através dos lucros para financiar o crescimento.

    No entanto, quando a instituição cresce menos, procuram distribuir o excesso de capital que acumulam no ano como dividendos, de forma a manter os índices de capital em patamares controlados, sem ser excessivo. 

    “Isso é ineficiente, sem ser baixo, porque a gente quer um banco sólido e preparado para enfrentar os desafios que possam surgir”, pontua.  

    Pagamento extraordinário

    No mesmo evento, o presidente do Itaú Unibanco, Milton Maluhy, afirmou que o banco deve fazer um novo pagamento extraordinário de dividendos após o fechamento do ano de 2024. De acordo com ele, essa perspectiva leva em conta as expectativas de resultado e de cenário macroeconômico e regulatório.

    “Tudo leva a crer que faremos mais um pagamento extraordinário”, disse Maluhy.

    O banco fez um pagamento extra referente aos resultados do ano passado, após avaliar as condições do balanço.

    O Itaú tem um apetite interno para o capital de Nível 1, de maior qualidade, de 11,5%. Maluhy afirmou que sobre este apetite, aprovado em conselho, a administração trabalha para manter uma “gordura” de 0,5 ponto porcentual, por segurança.

    Diante disso, o banco não pretende manter excessos de capital caso não enxergue necessidades de uso para investir ou crescer.

    “O payout não será menor do que 30%, o que nós estamos discutindo é o delta (variação) do extraordinário em relação ao dividendo extra.”

    Maluhy disse ainda que o Itaú prefere pagar dividendos extras do que definir de forma antecipada, em uma política formal, o tamanho dos dividendos que pagará.

    *Com informações da Agência Estado. 

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