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    Presidente do Equador diz que plano de assassinato contra ele foi frustrado

    Relato foi feito durante entrevista para revista The New Yorker; CNN trabalha para confirmar informação

    Veronica CalderonAna Maria Canizaresda CNN

    O presidente do Equador, Daniel Noboa, disse que as forças de segurança do país frustraram uma tentativa de assassinato contra ele no início deste ano, segundo entrevista concedida ao jornalista Jon Lee Anderson publicada nesta segunda-feira (18) na revista americana The New Yorker.

    O jornalista afirma que, ao chegar ao primeiro encontro com Noboa em Quito, o presidente permaneceu em silêncio por vários minutos e, quando foi questionado sobre como estava, respondeu: “sobrevivendo”. Em seguida, relatou que era alvo de uma dezena de assassinos, que tinham o objetivo de matá-lo.

    Ainda de acordo com o relato do presidente ao jornalista americano, os criminosos teriam tentado entrar no Equador pela fronteira com a Colômbia, mas foram interceptados. Quatro dos possíveis agressores morreram em um tiroteio com as forças de segurança equatorianas e os que sobreviveram foram detidos.

    O repórter afirma que um diplomata, que não quis se identificar, confirmou a versão de Noboa e que ficou surpreso com o fato do presidente ter discutido publicamente o incidente. O caso foi descrito como “altamente confidencial”.

    A CNN contatou o Ministério da Defesa do Equador, que respondeu que “não afirma, nem nega” o que o presidente disse.

    Ao mesmo tempo, a CNN procurou um registro policial de um tiroteio que teria ocorrido próximo das datas indicadas na reportagem, que teria acontecido poucos dias depois que Noboa foi eleito. Até agora, a reportagem não encontrou nenhum.

    A CNN consultou também a Polícia Nacional e o órgão de investigação para saber detalhes do ocorrido. Até ao momento, a Polícia respondeu à CNN que “a coordenação pertinente será feita com as unidades responsáveis”.

    Da mesma forma, a CNN tenta obter uma resposta da Presidência e do Ministério Público do Equador para saber a situação jurídica dos homens que teriam sido detidos.

    Noboa não falou publicamente sobre o plano frustrado, mas informou que sofreu ameaças de morte, assim como a promotora Diana Salazar. “Às vezes conversamos, comparamos ameaças”, disse o presidente em março.

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