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    Ministro pede liberação de compulsório para casa própria e diz não crer em retomada da poupança

    Jader Filho participou do CNN Talks Crédito para o Brasil na manhã desta terça-feira (18), em Brasília

    Cristiane Nobertoda CNN Brasília

    Jader Filho, ministro das Cidades, disse não acreditar na recuperação de perdas da caderneta de poupança e pediu a liberação de parte do compulsório de bancos para crédito imobiliário.

    O ministro participou do CNN Talks Crédito para o Brasil na manhã desta terça-feira (18), em Brasília.

    “Por que não liberar parte do compulsório? Entendemos que não pode liberar a totalidade, mas porque não liberar parte disso, se temos inflação baixa e capacidade produtiva alta?”, questionou durante o encontro.

    Hoje o Banco Central (BC) exige o recolhimento compulsório de 20% sobre os recursos de depósitos de poupança.

    Caso este percentual obrigatório passe a 15%, seriam destravados entre R$ 70 bilhões e R$ 80 bilhões para serem utilizados em financiamento imobiliário.

    A utilização do compulsório aparece – ao lado de medidas como o reforço ao mercado secundário – como aposta do governo federal para aquecer o mercado de crédito, em meio às perdas da poupança – principal fonte de recursos para financiamentos imobiliários no país.

    O BC define que as instituições financeiras devem destinar ao menos 65% dos recursos de poupanças para o financiamento de imóveis.

    Somente em 2023, o Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) registrou um saque líquido no valor de R$ 72,3 bilhões.

    A perda no SBPE afeta especialmente financiamentos da classe média, que não se enquadram em requisitos de moradias populares.

    “Com estes bancos digitais e com a taxa de juros que está posta, não acredito que haverá reversão nas perdas da poupança”, completou.

    Questionado sobre os impactos do saque-aniversário do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) ao setor imobiliário, Jader afirmou que “qualquer ação que leve instabilidade ao único funding do país” precisa ser avaliada com responsabilidade.

    “O que está salvando hoje a habitação neste país é o Minha Casa, Minha Vida”, disse o ministro sobre o programa que conta com habitações financiadas com recursos do FGTS.

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