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    ONU: mais de 1 milhão de pessoas em Gaza “devem enfrentar morte e fome até julho”

    Chefe de ajuda humanitária das Nações Unidas alerta para discussão do assunto na cúpula do G7, que acontece na Itália nesta semana

    Ibrahim DahmanMohammed Tawfeeqda CNN

    Mais de um milhão de palestinos poderão enfrentar a fome no próximo mês devido à guerra em Gaza, alertou o chefe de ajuda humanitária das Nações Unidas.

    Os conflitos em Gaza e no Sudão estão “empurrando milhões de pessoas à beira da fome”, segundo a ONU.

    “Apenas questões técnicas impedem que a fome seja oficialmente declarada, pois as pessoas já estão morrendo de fome”, afirmou a ONU antes da cúpula do G7 na Itália esta semana.

    “A fome no século 21 é um problema evitável. Os líderes do G7 podem e devem exercer a sua influência para ajudar a detê-la”, disse o Subsecretário-geral para Assuntos Humanitários e Coordenador de Ajuda de Emergência, Martin Griffiths, em um comunicado nesta quarta-feira (12).

    “Esperar por uma declaração oficial de fome antes de agir seria uma sentença de morte para centenas de milhares de pessoas e um ultraje moral”, acrescentou.

    Griffiths disse que mais de um milhão de pessoas em Gaza “devem enfrentar a morte e a fome até meados de julho”.

    O subsecretário-geral disse que a ajuda humanitária não é a solução para os conflitos e que os países do G7 “devem usar imediatamente a sua influência política substancial e os seus recursos financeiros para que as organizações de ajuda possam chegar a todas as pessoas necessitadas”.

    “O mundo deve parar de alimentar as máquinas de guerra que estão fazendo passar fome os civis de Gaza e do Sudão. Em vez disso, é tempo de dar prioridade à diplomacia que devolverá às pessoas o seu futuro – e amanhã, o G7 estará no comando”, disse Griffiths na declaração.

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