Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    À CNN, Bolsonaro discorda da PF e insiste que Adélio não agiu sozinho

    Investigação concluiu nesta terça-feira (11) que o advogado de Adélio Bispo tinha vínculo com o PCC

    Leandro Magalhãesda CNN Brasília

    O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou à CNN nesta terça-feira (11) que não concorda com a afirmação da Polícia Federal (PF) de que Adélio Bispo agiu sozinho.

    “O delegado, dono da investigação, que concluiu o caso do Adélio, é diretor da PF, cuja diretoria está 100% empenhada em me perseguir. O Adélio tem passagem pela Câmara, e a PF não investigou; o Adélio foi atrás do Carlos [Bolsonaro] em Santa Catarina, em uma escola de tiro; quem pagou a passagem para ele? Como ele sabia dessa informação? Ninguém investigou. Se fosse alguém da direita, iriam revirar a vida da pessoa. Infelizmente, uma parte da Polícia Federal, hoje, é resultado de uma PF que tem lado.”

    A CNN questionou a Polícia Federal sobre as falas de Bolsonaro, mas a instituição preferiu não comentar.

    A investigação da Polícia Federal concluiu nesta terça-feira (11) que o advogado de Adélio Bispo tinha, de fato, vínculo com o PCC, maior facção do Brasil. Ele foi alvo de busca e apreensão hoje em uma última fase da operação.

    Adélio Bispo, no entanto, agiu sozinho na tentativa de homicídio do então candidato Jair Bolsonaro em setembro de 2018, em Minas Gerais, concluiu a PF.

    A informação foi divulgada pelo diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, em encontro com jornalistas em Brasília nesta manhã.

    “Recebemos uma denúncia se houve ligação da facção com o advogado e o crime, e fomos investigar. A conclusão foi que não há relação”, declarou o diretor.

    “Comprovamos, sim, a vinculação desse advogado com o crime organizado, mas nenhuma vinculação desse advogado com a tentativa de homicídio do ex-presidente. Com isso, encerramos essa investigação. Apresentamos ao Poder Judiciário hoje esse relatório sugerindo, em relação ao atentado, o arquivamento”, afirmou o diretor-geral da PF.

    Tópicos