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    Oficial do Hamas pede pressão dos EUA sobre Israel por cessar-fogo permanente

    Secretário de Estado dos EUA faz visita ao Oriente Médio nesta segunda-feira

    Nidal al-Mughrabida Reuters , Cairo

    Um alto funcionário do Hamas pediu nesta segunda-feira (10) que os Estados Unidos pressione Israel para encerrar a guerra em Gaza. O apelo ocorre em meio à agenda do secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, na região, que tem como objetivo impulsionar os esforços de cessar-fogo.

    Blinken deve visitar o Egito e Israel na segunda-feira (10). Ele também pretende garantir que a guerra não se expanda para o Líbano.

    “Apelamos à administração dos EUA para que pressione a ocupação para parar a guerra em Gaza e o movimento Hamas está pronto para lidar positivamente com qualquer iniciativa que garanta o fim da guerra”, disse Sami Abu Zuhri, alto funcionário do Hamas.

    Em sua oitava visita à região desde que militantes do Hamas atacaram Israel em 7 de outubro, desencadeando o episódio mais sangrento do conflito israelense-palestino que já dura décadas, Blinken também deve viajar para a Jordânia e o Catar esta semana.

    Ele deve se encontrar com o presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sisi, no Cairo, antes de viajar para Israel ainda nesta segunda-feira (10), onde se reunirá com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e o ministro da Defesa, Yoav Gallant, de acordo com uma programação do Departamento de Estado.

    Também neste início de semana, residentes palestinos disseram que os tanques tentavam avançar mais profundamente em direção ao norte da cidade de Gaza, contornando Shaboura, um dos bairros mais densamente povoados e militantes no centro da cidade.

    As forças blindadas israelenses já tomaram toda a faixa fronteiriça de Gaza com o Egito, passando por Rafah até à costa do Mediterrâneo, e invadiram muitos distritos da cidade de 280 mil habitantes, levando cerca de um milhão de pessoas deslocadas que estavam abrigadas em Rafah a fugir para outros locais.

    A visita de Blinken ocorre depois que o presidente dos EUA, Joe Biden, divulgou, em 31 de maio, uma proposta de cessar-fogo em três fases de Israel que prevê o fim permanente das hostilidades, a libertação de reféns israelenses e prisioneiros palestinos e a reconstrução de Gaza.

    O ataque do Hamas matou 1.200 pessoas e fez cerca de 250 outras como reféns, segundo cálculos israelenses. Em resposta, Israel lançou um ataque à Faixa de Gaza que matou mais de 37 mil palestinos, informou o ministério da saúde no território controlado pelo Hamas na sua atualização de domingo (9).

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