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    EUA retomam entrega de ajuda humanitária a Gaza após reconstrução de porto

    Segundo Comando Central dos EUA, 500 toneladas foram entregues desde sábado

    Kaanita Iyerda CNN*

    As entregas de ajuda marítima a Gaza foram retomadas no sábado (8), um dia depois da conclusão dos reparos a um porto temporário construído por militares americanos, anunciou o Comando Central dos EUA.

    Quase 500 toneladas de ajuda foram entregues a partir da manhã de sábado, horário local, disse o Comando Central em uma postagem no X, a primeira entrega desde que o cais ficou destruído no mês passado.

    A entrega ocorreu no mesmo dia em que os militares israelenses resgataram quatro reféns numa operação que, segundo as autoridades de Gaza, matou mais de 200 pessoas e feriu mais de 400.

    Os militares dos EUA afirmam que o porto, “incluindo seus equipamentos, pessoal e ativos”, não foi utilizado na operação.

    “O porto temporário na costa de Gaza foi criado com um único propósito: ajudar a transportar assistência vital adicional e urgentemente necessária para Gaza”, disse o Comando Central numa outra publicação no X.

    E uma autoridade norte-americana disse à CNN no sábado que o cais, denominado Joint Logistics Over the Shore não foi utilizado na operação. “É nosso entendimento que as Forças de Defesa de Israel não usaram um veículo com marcações humanitárias, ou qualquer plataforma humanitária, incluindo as instalações do porto, para conduzir operações de resgate de reféns”, disse o funcionário.

    O porto, usado junto com a entregar de ajuda por meio de aviões e transporte terrestre em postos de controle de fronteira, sofreu danos e quebrou em mar agitado no final do mês passado. Nas menos de duas semanas em que o cais esteve operacional, ajudou a entregar cerca de 1.000 toneladas de ajuda a Gaza.

    Os EUA enfrentaram uma série de desafios com o cais, incluindo o planeamento das operações de Israel em Rafah, o estabelecimento de quem transportaria a ajuda do cais para Gaza e questões logísticas, como as condições marítimas e meteorológicas.

    Oito meses após o início da guerra Israel-Hamas, grupos de direitos humanos descreveram condições de vida “indescritíveis” em Gaza. A agência alimentar das Nações Unidas alertou em maio que os palestinos no norte estão sob uma “fome total” que se espalha para o sul, e que mais de 1 milhão de pessoas, metade da população de Gaza, “deve enfrentar a morte e a fome” em meados de junho, alertou um relatório da ONU nesta semana.

    Embora as autoridades israelenses tenham insistido que não há limite para a quantidade de ajuda que pode entrar em Gaza, a ONU acusou as autoridades de imporem “restrições ilegais” às operações de ajuda humanitária, incluindo rotas terrestres bloqueadas, cortes de comunicações e ataques aéreos.

    Os EUA fizeram uma série de lançamentos aéreos de ajuda humanitária em Gaza em parceria com a Força Aérea Real da Jordânia, embora tenham sido suspensos nas últimas semanas devido a operações militares no norte de Gaza, disse o vice-almirante Brad Cooper na sexta-feira. Espera-se que os lançamentos aéreos sejam retomados “nos próximos dias”, disse ele.

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