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    Fernando Nakagawa
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    Fernando Nakagawa

    Repórter econômico desde 2000. Ex-Estadão, Folha de S.Paulo, Valor Econômico e Gazeta Mercantil. Paulistano, mas já morou em Brasília, Londres e Madri

    Brasil tem arroz branco mais caro do mundo em maio, diz FAO

    Grão aumentou 10% no país após tragédia no Rio Grande do Sul; preço no país é 29% superior ao praticado na Tailândia

    O Brasil encerrou maio com o arroz branco mais caro do mundo. O dado foi divulgado nesta sexta-feira pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, a FAO. No mês, o produto ficou 10% mais caro no Brasil e atingiu US$ 830 a tonelada. O valor é 29% maior que o praticado na Tailândia, grande mercado produtor na Ásia.

    Mensalmente, a FAO acompanha o mercado internacional de arroz. O relatório divulgado nesta sexta-feira em Roma mostra que o preço médio do arroz branco subiu 1,5% no mundo no mês passado. O comportamento entre os países, porém, foi bem diferente.

    O aumento de 10% no Brasil foi comparável ao observado na Argentina – alta de 11% no mês – e no Uruguai – onde os preços subiram 9%.
    Apesar de a alta do mercado argentino ter sido ligeiramente maior, os preços praticados no Brasil superam o dos vizinhos.

    Enquanto a tonelada foi negociada a US$ 830,60 no Brasil, o mesmo volume custou US$ 808,60 no Uruguai e US$ 783,80 na Argentina.

    O relatório destaca que no Brasil “incertezas permanecem sobre a escala das perdas sofridas” após as cheias no Rio Grande do Sul. “As enchentes levaram o governo a anunciar importação do produto e que aprovaria a redução de impostos de importação para renovar estoques e manter os preços locais sob controle”, cita o relatório.

    A tragédia climática no Brasil também afetou a dinâmica de preços do outro lado do mundo, na Tailândia. O relatório menciona que os preços no país asiático subiram entre 4% e 6% no mês. “No caso da Tailândia, as vendas para compradores brasileiros e uma recuperação no valor do baht (moeda local) em relação ao dólar americano” foram citados como as razões do aumento do preço do grão.