Aliados e até integrantes da pré-campanha de Guilherme Boulos (PSOL) ouvidos pela CNN avaliam que o deputado contratou um desgaste político e municiou adversários ao assumir a relatoria no processo de cassação de André Janones (Avante-MG) no Conselho de Ética no caso da prática de rachadinha.

A leitura é que o caso envolvendo Janones remete a um tema caro ao PSOL, as “rachadinhas”, e o parecer que defendeu o arquivamento pode ser usado como munição pelos adversários. O Conselho de Ética da Câmara arquivou a ação por 12 votos a 5.

Boulos, segundo fontes ligadas à pré-campanha, tomou sozinho a decisão de aceitar a relatoria e não levou em conta que o deputado é do Avante, partido que apoia Ricardo Nunes (MDB) na disputa pela prefeitura.

O baixo quórum de parlamentares de esquerda e o predomínio de bolsonaristas na sessão do Conselho de Ética que arquivou o caso é visto como um sinal da falta de apoio a Janones dentro do próprio campo político.