O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, visitará a França entre os próximos dias 5 e 9 de junho.

Biden vai participar da comemoração de 80 anos do “Dia D”, a data do desembarque dos Aliados na Normandia, na Segunda Guerra Mundial, e depois será recebido pelo presidente Emmanuel Macron, em Paris, para uma visita de Estado.

O governo francês destaca que a viagem acontece no momento em que a guerra retornou ao continente europeu, em referência ao conflito na Ucrânia, em um sinal de que esse deve ser um dos temas centrais das conversas entre Biden e Macron.

Mas se a guerra no Leste Europeu aproxima os líderes, o conflito em Gaza pode distanciá-los. Os dois países são aliados de Israel, mas enquanto Paris vem endurecendo sua postura sobre a ofensiva israelense diante agravamento da crise humanitária, Washington evita apontar o dedo para Israel.

O comunicado divulgado nesta quinta-feira (30) pela Casa Branca afirma que o desembarque na Normandia abriu caminho para a libertação da França e da Europa, quando 73 mil “bravos americanos” desembarcaram nas praias de Utah e Omaha em 6 de junho de 1944.

“O presidente cumprimentará os veteranos americanos e seus familiares enquanto estiver na França para homenagear seus sacrifícios”, afirma a nota do governo dos EUA.

O governo francês, que também divulgou um comunicado nesta quinta-feira, menciona as comemorações do Dia D e diz que a viagem de Biden acontece depois da visita de Estado de Macron aos Estados Unidos entre 30 de novembro a 1 de dezembro de 2022.

“Embora 80 anos após a libertação da Europa a guerra tenha regressado ao continente, os dois presidentes discutirão o apoio infalível e de longo prazo à Ucrânia”, afirma o comunicado do Palácio do Eliseu.

O governo francês prossegue dizendo que “a coordenação estreita em matéria de crises internacionais” acontece como uma preparação para eventos como o encontro do G7 em Bari, na Itália, em junho, e a cúpula da Otan, em Washington, em julho.

Depois das celebrações do Dia D, em 7 de junho, Biden visitará Pointe du Hoc, também na Normandia, onde fará um discurso em defesa da liberdade e da democracia, segundo a Casa Branca.

E na visita de Estado, a primeira de Biden à França, o governo americano afirma que o encontro em Paris “refletirá a relação duradoura e abrangente entre Estados Unidos e França, o nosso aliado mais antigo, fundada em valores democráticos partilhados, laços econômicos e cooperação em Defesa e Segurança”. E acrescenta que os presidentes discutirão uma vasta gama de desafios globais e questões bilaterais.

Do lado francês, o Eliseu também destaca que as discussões vão se concentrar em questões econômicas, espaciais e nucleares, para reforçar a cooperação bilateral. E afirma que Biden e Macron debaterão ainda ações conjuntas para enfrentar os atuais desafios globais, como a emergência climática e a proteção da biodiversidade.