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    Risco de inflação estourar limite da meta vai a 100% em 2022 e sobe para 2023, diz BC

    “As projeções de inflação subiram em todo o horizonte considerado”, disse BC em documento

    Relatório foi apresentado com uma semana de atraso por conta da greve de servidores do órgão
    Relatório foi apresentado com uma semana de atraso por conta da greve de servidores do órgão 22/03/2022REUTERS/Adriano Machado

    Anna Russida CNN em Brasília

    O Banco Central admitiu que a inflação deste ano ficará novamente acima do teto da meta, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) com limite de 5%. A informação está no Relatório Trimestral de Inflação, divulgado nesta quinta-feira (30).

    “Destaca-se o aumento da probabilidade de a inflação ficar acima do limite superior em 2022, que passou de 88% no relatório anterior para próximo de 100%”, diz o documento. Este será o segundo ano consecutivo em que a meta de inflação será descumprida, após a inflação de 2021 ter fechado em 10,06%, valor bem acima dos 5,25% definidos pelo teto daquele ano.

    Ainda segundo o BC, a chance de o mesmo acontecer em 2023 avançou de 12%, em março, para 29%, em junho. No ano que vem, o centro da meta foi definida em 3,25%, com margem para oscilar entre 1,75% e 4,75%.

    Para alcançar a meta, o BC eleva ou reduz a taxa básica de juros, a Selic, como forma de incentivar (Selic para baixo) ou desestimular (Selic para cima) o consumo. O menor consumo, por exemplo, desacelera a atividade econômica e segura o ritmo de alta da inflação.

    Na última reunião, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu aumentar a Selic para 13,25% já mirava na meta de 2023, uma vez que os impactos da política monetária podem levar de seis a 18 meses para serem sentidos na atividade econômica e na inflação.

    Quando a meta é totalmente descumprida — ou seja, o IPCA não consegue ficar nem dentro da margem de erro —, o presidente do Banco Central é obrigado a fazer uma carta aberta explicando as razões por não ter cumprido sua missão. A projeção oficial da autoridade monetária é de que a inflação termine 2022 em 8,85% e alcance 5% no ano que vem.