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    CNC prevê criação de 673 mil vagas no setor de serviços até o fim do ano

    Setor lidera geração de postos formais de trabalho em 2022, com saldo de 658.112 de janeiro a maio

    Pauline Almeidada CNN Rio de Janeiro

    Concentrando 62,5% das vagas de empregos formais deste ano, o setor de serviços prevê a criação de mais 673 mil postos até o fim de 2022, segundo uma previsão da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). As empresas de educação, alimentação e hospedagem devem puxar o resultado.

    Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Previdência, divulgados na última terça-feira (28), mostram que o país tem saldo de 1.051.503 vagas até o mês de maio, sendo 658.112 no setor de serviços.

    Fábio Bentes, economista da CNC, aponta que o crescimento do contingente de pessoas ocupadas no setor de serviços tem ficado acima da média de todas as atividades. No acumulado do ano até maio, serviços registraram alta de 3,47%, enquanto a média geral nacional foi de 2,69%.

    “O que está por trás desse movimento? Primeiro, esse efeito de retomada, de restabelecimento do nível de circulação das pessoas a nível de pré-pandemia. O setor de serviços depende muito da circulação. Outro ponto importante é o comportamento dos preços. Levando em conta o IPCA-15 de junho, a inflação dos serviços está em 9,04% no acumulado de 12 meses, enquanto a geral está em 12,04%”, colocou.

    Dos 673 mil postos formais que a CNC espera até o fim do ano, 190 mil são no turismo, que ainda não chegou aos mesmos índices do período anterior à Covid-19. Nos primeiros sete meses da pandemia, o turismo perdeu 526 mil vagas. De outubro de 2020 até o momento, apenas 290 mil foram recuperadas.

    Segundo Bentes, os cálculos para 2022 também incluem as vagas temporárias, que começam a ser abertas no mês de novembro para o período de férias e festas. No entanto, o cenário econômico do segundo semestre deve impor mais desafios.

    “A tendência é que comece a gerar um pouco menos de vagas na média mensal, na segunda metade do ano. Porque a inflação dos serviços tende, em breve, a estar acima dos 10%, o que vai provavelmente frear essa retomada. E também tem o ambiente de taxa de juros mais alta. Alguns serviços dependem da taxa de juros, como as passagens aéreas”, ponderou.

    Apesar da queda na média do salário inicial no mercado de trabalho brasileiro, que foi de R$ 1.898,02 em maio, uma redução de R$ 18 em relação ao mês anterior, o rendimento inicial do setor de serviços segue entre os mais altos das atividades econômicas: R$ 2.030,66.

    Segundo dados do Caged publicados esta semana, em maio, o Brasil registrou saldo positivo de 277.018 vagas formais. Os serviços lideraram o ranking, com 120.294 postos, seguidos pelo comércio (47.557), indústria (46.975), construção (35.445) e agricultura (26.747).