Fatos Primeiro: Tebet acerta sobre alta do PIB e redução da taxa de juros no governo Temer
Com o emedebista na Presidência, a taxa Selic passou de 14,25% para 6,40%; e a economia voltou a crescer
A senadora Simone Tebet, pré-candidata do MDB à Presidência, afirmou que o ex-presidente Michel Temer, seu colega de partido, “fez o Brasil crescer” no período em que esteve à frente do Executivo. “Nós estávamos no decréscimo do PIB de 7% em dois anos e começamos a ter um crescimento de 1%”, disse.
Em evento realizado em 6 de maio, em São Paulo, a emedebista ainda exaltou os feitos de Temer com relação à redução da taxa de juros e à aprovação da reforma do ensino médio.
O histórico do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, tanto na gestão Temer quanto no período que a antecedeu, corrobora a fala da presidenciável, de acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O mesmo vale para a taxa de juros.
O que Tebet disse?
“O presidente Temer é um pacificador no momento em que as pessoas estão clamando por paz. Além da experiência e da capacidade de alguém que avançou, que conseguiu fazer o Brasil crescer. Nós estávamos no decréscimo do PIB de 7% em 2 anos, nós começamos a ter um crescimento de 1%, conseguiu diminuir taxa de juros de 14% para 6% em apenas 2 anos, que fez a reforma do ensino médio, tão necessária para devolver os nossos jovens para sala de aula. É óbvio que nós não podemos abrir mão da experiência do ex-presidente Temer.”
Simone Tebet em evento, no dia 6 de maio, em São Paulo
PIB brasileiro evoluiu
Michel Temer foi empossado presidente do Brasil em 31 de agosto de 2016, após o impeachment de Dilma Rousseff (PT), de quem era vice. Durante os anos completos de sua administração (2017 e 2018), o Brasil registrou indicadores econômicos positivos em comparação com os da antecessora.
No último ano inteiramente ocupado pela petista no Palácio do Planalto (2015), o PIB brasileiro registrou uma variação negativa: -3,55%. Em 2016, o índice oscilou para -3,31%. Rousseff foi afastada temporariamente em maio daquele ano até sofrer o impeachment. Segundo dados do IBGE, no biênio 2015-2016 o PIB brasileiro caiu aproximadamente 7,2%.
No ano seguinte, primeiro completo sob o comando de Temer, a economia cresceu e retornou ao estágio positivo, com variação de 1,06%. O indicador teve um índice similar em 2018, quando registrou 1,12%. Ambos os números confirmam o crescimento que Simone Tebet atribui ao governo de seu correligionário.
No primeiro mandato de Dilma Rousseff (2011-2014), o indicador marcou, respectivamente, 3,97%, 1,92%, 3,00% e 0,50%.
O período de Luiz Inácio Lula da Silva (PT, 2003-2010) no governo terminou com a melhor variação do PIB desde 1985: 7,53%. O país vinha de um ano negativo (-0,13% em 2009), mas passou a maior parte da gestão do ex-sindicalista no patamar positivo – com oscilações entre 3% e 6%.
Durante os dois mandatos de Fernando Henrique Cardoso (PSDB, 1995-2002) no Planalto, o PIB não entrou no campo negativo. O menor patamar atingido foi de 0,34%, em 1998. O maior foi em 2000, com 4,39%.
Queda recorde na taxa de juros
No dia da posse de Michel Temer, o Comitê de Política Monetária do Banco Central se reuniu para anunciar um novo aumento da taxa básica de juros. A Selic passou a 14,25% — como apontado por Tebet.
O índice passava por um movimento de alta, que havia começado em outubro de 2013.
Durante o governo do emedebista, a taxa Selic passou por processo constante de redução. Ao fim de sua gestão, em dezembro de 2018, o índice atingiu 6,40%, — o que também está de acordo com a afirmação da pré-candidata do MDB.
Já nos governos de Dilma, a taxa Selic oscilou entre movimentos de alta e queda. Quando a petista tomou posse pela primeira vez, em 2011, marcava 11,25%. Ao fim deste governo, 11,75%. Reeleita, Dilma esteve no poder somente até maio de 2016, quando o índice estava em 14,25%.
Nos governos de Lula, o Brasil viveu um período de diminuição na taxa. No início de seu primeiro mandato, em 2003, marcava 25%. Quatro anos mais tarde, 13,25%. Também reeleito, o petista deixou seu segundo mandato com a Selic em 10,75%.
A taxa Selic é o principal instrumento de política monetária utilizado pelo Banco Central para controlar a inflação. Ela influencia todas as taxas de juros do país, como as de empréstimos, de financiamentos e das aplicações financeiras.
Debate
A CNN realizará o primeiro debate presidencial de 2022. O confronto entre os candidatos será transmitido ao vivo em 6 de agosto, pela TV e por nossas plataformas digitais.