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    Europa priorizará segurança energética ao invés de questão ambiental, diz professor

    À CNN Rádio, Marcos Freitas afirmou que a conjuntura negativa de guerra faz com que a União Europeia busque alternativas ao gás russo

    Amanda Garcia

    Em meio à guerra da Ucrânia, a União Europeia se prepara para a interrupção total ao fornecimento de gás russo ao continente. Entre as medidas a serem adotadas, está a queima do carvão – “vilão” das emissões de carbono.

    “Vai se priorizar a segurança energética em detrimento da questão ambiental global e até mesmo local”, analisa o professor e pesquisador da engenharia da UFRJ, Marcos Freitas, em entrevista à CNN Rádio.

    Segundo ele, o “combate à mudança climática é uma luta a médio e longo prazo, exte uma conjuntura negativa na Europa, que vai precisar de calor para aquecer residências e até indústrias”, mesmo com a menor oferta de gás natural da Rússia.

    “A Alemanha é um caso simbólico de dependência do gás, e pode de fato usar o carvão para substituí-lo. Além do carvão mineral também têm a opção de retomar as usinas nucleares que foram desativadas”, completou.

     

    Um terceiro caminho são os navios metaneiros que, de acordo com o professor, são a solução ideal, já que “injeta o gás na rede existente e distribui, isso é comum, mesmo nós usamos aqui no Brasil no momento que não temos água nas hidrelétricas.”

    Na avaliação de Marcos Freitas, o uso do carvão pode dar conta da necessidade europeia, que virá em outubro e novembro, época do inverno na região.

    Mesmo assim, ele não descarta a possibilidade de um racionamento. “Neste momento dá para segurar, mas há de se considerar estoques, fontes de abastecimento e a necessidade de decretação para planos de segurança energética, como a Alemanha”.

    *Com produção de Isabel Campos

     

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