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    Comissão da Câmara aprova visita à região de assassinatos no AM e série de audiências

    Entre os requerimentos aprovados está o encaminhamento para a PF e a Polícia Militar do Amazonas com um pedido de proteção para as lideranças da Univaja

    Luciana Amaralda CNN , Em Brasília

    A comissão externa da Câmara dos Deputados criada para acompanhar a investigação relativa às mortes do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips no Vale do Javari, no Amazonas, aprovou nesta terça-feira (21) requerimentos para uma visita in loco na região, além de uma série de audiências para ouvir autoridades e indígenas.

    O colegiado foi criado após o desaparecimento de Pereira e Phillips na Amazônia. O Vale do Javari fica próximo à fronteira do Brasil com o Peru. Na semana passada, a Polícia Federal confirmou o reconhecimento dos restos mortais pertencentes à dupla. Ao menos cinco pessoas são suspeitas de envolvimento na ocultação dos corpos, segundo a corporação. Três suspeitos estão presos.

    O presidente da comissão, deputado José Ricardo (PT-AM), informou que a intenção é fazer a visita presencial ao Vale do Javari na semana que vem. A data certa, porém, ainda será definida.

    Os deputados devem visitar as bases de proteção do Vale do Javari, como Quixito, Curuçá e Jandiatuba. Também devem fazer visitas técnicas em Manaus e no Vale do Javari em conjunto com uma comissão do Senado criada também para acompanhar as investigações sobre o caso.

    As audiências públicas aprovadas se concentram em ouvir autoridades de órgãos e entidades que atuam na região, como o presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), diretor da Polícia Federal e representantes da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja).

    Os parlamentares também devem ouvir as esposas de Bruno Pereira e Dom Phillips, Beatriz Matos e Alessandra Sampaio, respectivamente.

    Os deputados ainda pretendem receber representantes de indígenas para falarem sobre a violência e denúncias feitas no Vale do Javari., pesquisadores da Universidade Federal do Pará e da Universidade Federal do Amazonas.

    Os requerimentos para essas atividades foram aprovados de uma só vez pelos membros da comissão. Os deputados do colegiado também aprovaram um requerimento extrapauta para “garantir imediata proteção e segurança” aos vigilantes e coordenadores da Univaja, bem como aos servidores da Coordenação Regional Vale do Javari e da Frente de Proteção Etnoambiental Vale do Javari, que atuam na região.

    A ideia é que a comissão se reúna a cada 15 dias. Na reunião desta terça-feira (21), a comissão já recebeu dois representantes indígenas, Leonardo Lenin e Toya Manchineri. Eles criticaram o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) e reclamaram da falta de segurança fornecida pelo Estado brasileiro.

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