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    Ministros esperam STF mais discreto com Rosa Weber no comando, a partir de setembro

    Ministra não tem interlocução com o meio político e, dessa forma, evitaria o contato da Corte com o Congresso Nacional e o Palácio do Planalto

    Carolina BrígidoGabriela Coelhoda CNN , Brasília

    No Supremo Tribunal Federal (STF), a expectativa entre alguns ministros ouvidos pela CNN, em caráter reservado, é que a gestão de Rosa Weber, que começa em setembro, consiga tirar a Corte do centro das atenções.

    A ministra não tem interlocução com o meio político e, dessa forma, evitaria o contato da Corte com o Congresso Nacional e o Palácio do Planalto, o que geraria menos ruído. Além disso, tem perfil mais discreto do que o atual presidente, Luiz Fux.

    Na avaliação de alguns magistrados, na presidência de Rosa Weber caberá a outros ministros fazerem contato com a política, nos bastidores – como, aliás, sempre aconteceu. Hoje, André Mendonça e Kassio Nunes Marques são os principais interlocutores do governo no Supremo. Dias Toffoli e Gilmar Mendes também estão no grupo.

    Quando assumiu o comando do STF, há dois anos, Fux tentou tirar o STF dos holofotes. A gestão anterior era de Dias Toffoli, que tinha relação maios próxima com o presidente Jair Bolsonaro. O presidente inclusive já visitou a residência do ministro na época, para comer uma pizza. Fux fez com que a relação com Bolsonaro fosse mais institucional. Ainda assim, não conseguiu apaziguar os ânimos entre a Corte e o governo.

    Rosa Weber estaria em um patamar diferente de Toffoli e Fux. Nem pessoal, nem formal. A relação que se espera dela com Bolsonaro será a mínima possível. Entretanto, a paz entre o STF e o governo não depende apenas do comando do tribunal, na avaliação desses ministros ouvidos pela CNN.

    Se Bolsonaro for reeleito, é pouco provável que a Corte saia dos holofotes. Afinal, existem inquéritos tramitando na Corte que atingem diretamente o presidente. E, ainda segundo ministros, a tendência é que temas políticos continuem sendo conduzidos para o STF solucionar por meio de ações judiciais.

    Em outra frente, a expectativa de ministros do tribunal é que o ambiente seja mais tranquilo internamente. Como Rosa Weber não dá muitas declarações, seria mais rara a possibilidade de provocar atrito entre os ministros. A interlocutores, a ministra tem dito que tem a intenção de fortalecer o tribunal e devolver a liturgia à Corte.

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